Não dava para esperar que um disco e uma música chamados “O Número da Besta” não repercutissem de forma polêmica em 1982. Pois o Iron Maiden provocou reações de conservadores religiosos ao lançar “The Number of the Beast” à época – especialmente nos Estados Unidos, onde a relação entre o rock e o diabo sempre foram vistas com rigor.
Em entrevista ao Miami New Times, o baixista e líder da banda, Steve Harris, relembrou o momento.
“Foi hilário, absolutamente hilário. Tão ridículo que decidimos fazer algo ainda mais ridículo no disco seguinte.”
O músico se refere à mensagem invertida registrada na faixa “Still Life”, do disco “Piece of Mind”. Ela foi gravado pelo então estreante Nicko McBrain. O baterista emulou a voz do presidente de Uganda, Idi Amin, ditador que comandou o país entre 1971 e 1979.
A fala diz: “what ho sed de t’ing wid de t’ree bonce”, que significa “what ho said the monster with the three heads” (o que disse o monstro de três cabeças) em dialeto rasta. A resposta, seguida de um arroto, era: “don’t meddle wid t’ings you don’t understand” (não mexa com coisas que não entende).
Iron Maiden e “The Number of the Beast”
Com 40 anos de lançamento completos em 22 de março último, “The Number of the Beast” marcou a estreia do vocalista Bruce Dickinson. Ele teve atuação importante em várias composições, mas não pôde ser nominado por questões contratuais com sai banda anterior, o Samson.
Também foi o último a contar com o baterista Clive Burr, que ganhou créditos na faixa “Gangland” e no b-side “Total Eclipse”.
A faixa-título foi inspirada em um pesadelo do baixista Steve Harris após assistir o filme “Damien: A Profecia II”. O ator Barry Clayton narrou a introdução.
Single inicial, “Run to the Hills” foi a primeira música da história do grupo a entrar no top 10 da parada britânica.
“The Number of the Beast” chegou ao primeiro lugar na parada britânica e vendeu mais de 14 milhões de cópias em todo o mundo.
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Ótima reportagem.