O ator Michael J. Fox, aposentado desde 2020, explicou em entrevista ao podcast Working Out, de Mark Birbiglia, como a doença de Parkinson começou a afetar sua memória – e por que ele não surtou quando percebeu o que estava acontecendo nos sets de filmagem.
Por causa do desenvolvimento do problema de saúde, cujo diagnóstico foi revelado ao público em 1998, o ator passou a abordar seu trabalho de atuação profissional de maneira diferente nos últimos anos.
Ele também se tornou mais seletivo na escolha de papéis depois de ter dificuldades ao filmar dois projetos diferentes, conforme trecho destacado pelo The Hollywood Reporter:
“Quando eu fiz o spin-off de ‘The Good Wife’, que é ‘The Good Fight’, eu não conseguia me lembrar das falas. Eu só tinha esse espaço em branco, não conseguia me lembrar das falas. Foi o mesmo problema enquanto filmava ‘Designated Survivor’’, de Kiefer Sutherland. Mas o que foi revigorante foi que eu não entrei em pânico, eu não surtei. Eu apenas disse: ‘bem, é isso, vamos sair daqui’. Um elemento-chave desse processo é memorizar as falas e não consigo fazer isso.”
Para o astro de “De Volta Para o Futuro”, a experiência foi “estranha”. Afinal, ele sempre foi capaz de pegar um roteiro e memorizá-lo sem dificuldades.
“Eu costumava pegar os roteiros e dizer: ‘tô dentro’. Pegava 70 páginas de diálogo em um filme de Brian De Palma. Eu sabia que uma filmagem de steadicam era extremamente cara e manter o orçamento dependeria de eu saber as falas.”
Ficção fez Michael J. Fox refletir
Descrevendo-se como um grande fã de Quentin Tarantino, Brad Pitt e Leonardo DiCaprio, Michael J. Fox lembrou de um trecho do filme “Era uma Vez em Hollywood” em que Rick Dalton (personagem, que é um ator, interpretado por DiCaprio) esqueceu uma fala no meio de uma cena da produção fictícia “Lancer”:
“Ele voltou para o vestiário, estava gritando consigo mesmo, esbravejando diante do espelho e bebendo. Uma bagunça. E eu pensei: ‘Eu não quero sentir isso. Estou errado em sentir isso? Estou certo em sentir isso?’”
Por fim, ele destacou que os problemas de memória ocasionados pela doença mudaram o tipo de papéis que estava disposto a assumir.
“Eu não pego algo com muitas falas, porque não posso fazer isso. Não consigo me lembrar de cinco páginas de diálogo. Então eu vou à praia.”
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Triste!!!! abraços!!!!