O vocalista e guitarrista do Raimundos, Digão, voltou a dar depoimentos polêmicos. Em entrevista ao Uol Splash, o músico relembrou as críticas recebidas em 2020 após ter comparado a situação de pandemia com “comunismo” – fala da qual ele se retratou posteriormente.
“Eu sou um pouco polêmico, mas as pessoas não me compreendem muito. Em 2020, as pessoas me cancelaram porque eu falei mal do comunismo. Mas uma coisa é clara, o nome só mudou, porque isso, na verdade, é censura. O Instagram te censura, as próprias pessoas perseguem as outras. Eu senti na pele, mesmo que um pouquinho, como os judeus se sentiam sendo perseguidos.”
Enquanto vários outros artistas declaram posicionamento contra o atual presidente Jair Bolsonaro, o frontman do Raimundos afirma não estar alinhado com a esquerda política.
“Eu nunca ataquei o povo ou as pessoas que querem ser de esquerda, mas as pessoas sempre me atacaram. Sempre ataquei o Lula político, mas nunca quem acredita nele. Vou lá e vou votar em quem eu acho menos pior. Se o Bolsonaro é o único que tem, então, vou ter que votar nele.”
“Rock não é de esquerda, é livre”
Ainda durante a entrevista, Digão afirma não se identificar nem com esquerda e nem com direita, afirma que o Raimundos nunca seguiu uma tendência e dispara contra colegas de profissão.
“Tico [Santa Cruz], João Gordo, são eles que defendem essa cartilha que rock é de esquerda. O João Gordo declarou que vai votar no Lula mesmo e f#da-se. Eles não têm envergadura moral para falar de mim, até porque se eles querem xingar o Bolsonaro, o problema deles e do Bolsonaro. Não é meu. Eu não estou nem aí para eles.”
Para ele, o rock não é de esquerda, é livre, e suas opiniões não interferem na agenda de shows.
“Se o mês tivesse oito finais de semana, estava bom para mim, para conseguir atender a minha demanda.”
Críticas às músicas antigas do Raimundos
Digão ainda abordou outro ponto: as recentes críticas feitas às letras do Raimundos, com temas controversos. Ao contrário do baixista Canisso, ele diz não ter problema com a música “Me Lambe”, que narra o desejo de um homem mais velho por uma adolescente de 17 anos. Mas revelou outra faixa que não vê com bons olhos hoje.
“A única música que eu deixaria de tocar é ‘Bicharada’ porque é homofóbica. É uma zoeira, mas é a única música que realmente me incomoda.”
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