Vários fãs ficaram com a expectativa em alta quando o supergrupo Deadland Ritual foi anunciado. Afinal de contas, a formação trazia Franky Perez (Scars on Broadway) nos vocais, Steve Stevens (Billy Idol) na guitarra, Geezer Butler (Black Sabbath) no baixo e Matt Sorum (Guns N’ Roses, Velvet Revolver, The Cult) na bateria.
Porém, após alguns shows e dois singles lançados – “Down in Flames” e “Broken and Bruised” –, as notícias sobre a banda foram se esvaindo, até que nada mais aconteceu.
Em entrevista ao Trunk Nation, transcrita pelo Blabbermouth, Steve Stevens tratou de não alimentar qualquer esperança em relação a um retorno.
“Acho que acabou mesmo. Criamos bastante material, espero que seja lançado algum dia. Ainda somos amigos, mas foi um processo muito difícil. Estávamos prestes a assinar com uma gravadora, excursionamos pela Europa. Mas somos todos experientes, estávamos acostumados a um certo estilo de vida do qual precisamos abrir mão. Estávamos tocando em festivais e pequenos clubes. Inicialmente, todos estavam dispostos, mas a realidade de hotéis e comida baratos nos atingiu em cheio. Aos poucos cada um foi perdendo interesse em passar por aquilo.”
Mesmo assim, Stevens destaca que musicalmente houve química entre os músicos desde o primeiro dia.
“Era incrível tocar acompanhando o som do baixo de Geezer. Eu pagaria para passar por aquilo, era incrível. Ele tocou em discos que cresci ouvindo, estarmos fazendo aquilo juntos me causava arrepios. Além disso, era um cavalheiro. A sessão rítmica que criou com Matt ficou inigualável.”
Geezer Butler e o fim do Deadland Ritual
Em março do ano passado, Geezer Butler já havia falado ao mesmo Eddie Trunk sobre como a pandemia enterrou de vez os planos do Deadland Ritual.
“Foi o último prego no caixão. Tínhamos 12 ou 13 músicas prontas, entraríamos em estúdio e, de repente, tudo fechou. Matt foi o primeiro a avisar que estava fora. Steve não podia sair de casa por ter problemas crônicos nos pulmões. Seria um grande risco se ele pegasse o vírus. Assim as coisas foram indo até que parou tudo. Não sei se voltamos um dia.”