Por meio de seus advogados, Bob Dylan se manifestou sobre a acusação de abuso sexual que veio à tona em agosto de 2021.
A suposta vítima, cuja identidade não foi revelada, alegava ter sido dopada e violentada entre abril e maio de 1965, quando tinha 12 anos de idade. A situação teria acontecido no Chelsea Hotel, em Nova York, onde o músico chegou a morar. Após historiadores da obra de Dylan comprovarem que ele não estava na cidade à época, a acusação alterou o período para “a primavera” do ano em questão.
A defesa chama o processo de “uma ridícula tentativa de extorsão feita por uma pessoa psicologicamente desequilibrada, que uma vez declarou ter sido abduzida por alienígenas e pilotado sua nave espacial”. Também destacam que a mulher em questão tem fama de se apresentar como parapsicóloga como maneira de lucrar com famílias de pessoas mortas.
Diz a nota apresentada na última quinta-feira (6) no tribunal estadual de Manhattan:
“Este caso – com base nas supostas interações da reclamante com Bob Dylan há mais de 56 anos – é um golpe descarado, mascarado como um processo judicial. Ele foi apresentado de má fé, com o propósito impróprio de obter um grande pagamento sob a ameaça de publicidade negativa. A alegação é falsa, maliciosa, imprudente e difamatória. O Sr. Dylan não será extorquido.”
Advogado da acusação responde
Em resposta à Rolling Stone, Peter Gleason, advogado da mulher que apresentou a denúncia, criticou que as crenças e atividades pessoais de sua cliente sejam usadas pela defesa.
“Algumas pessoas se referem a Bob Dylan como um profeta. As pessoas têm rótulos. Mais da metade dos americanos acredita em fenômenos psíquicos. Se você vai atacar alguém por causa de suas crenças, está invadindo um território muito perigoso. É nisso que se baseia este país, liberdade de crença. Isso não deve desviar nossa atenção das alegações. Este caso é sobre os fatos.”
