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Por que o Silverchair nunca mais vai voltar, segundo Daniel Johns

Banda anunciou hiato por tempo indeterminado em 2011 e não retornou mais desde então

Em 2011, o Silverchair entrou oficialmente em um “hiato por tempo indeterminado”. No que depender do vocalista e guitarrista Daniel Johns, esse hiato deve ser eterno, para a tristeza dos fãs, ainda que o motivo dado por ele seja mais do que compreensível.

Na época do lançamento do primeiro álbum da banda, “Frogstomp” (1995), Daniel Johns e os outros membros da banda tinham por volta de 15 anos. Por ter conquistado a fama ainda muito novo, o vocalista do Silverchair passou quase toda a vida em uma batalha contra si mesmo.

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Durante muitos anos, ele lutou contra a anorexia e outros distúrbios de ordem psicológica, como transtorno de ansiedade. Havia sinais com relação a isso, inclusive, nas letras das músicas do Silverchair – uma das mais célebres é “Ana’s Song (Open Fire)”, que lida diretamente com a anorexia.

É por isso que, segundo ele, o Silverchair não volta: o vocalista sente enorme dificuldade em trabalhar com aquele material, como contou ao jornal The Sunday Telegraph em 2018:

“Eu não acho que voltar e revisitar as coisas sobre as quais aqueles álbuns falam seja algo bom para mim. Na verdade, ouvir algumas daquelas músicas me dói. É bem doloroso fazer isso.”

Méritos do Silverchair

Apesar disso, Daniel Johns não menospreza a relação dos fãs com a música que ele e seus companheiros criaram ao longo dos anos. Foram lançados, ao todo, cinco álbuns de estúdio com a banda – o último, “Young Modern”, saiu em 2007.

“Eu sei que as pessoas gostam muito daquele trabalho e que ajudou um monte de gente, e eu sou realmente orgulhoso disso e consciente para não me ofender. A música é para eles, sempre estará lá para as pessoas que quiserem.”

O vocalista chegou a consumir álcool como forma de lidar com suas questões psicológicas, mas só alcançou uma maior qualidade de vida quando passou a frequentar a terapia e tomar remédios prescritos por profissionais.

Desde o fim do Silverchair, Daniel Johns tem se dedicado a outros projetos musicais, bem como sua carreira solo. Todos esses trabalhos são bem distantes do rock – o músico tem se orientado bem mais a gêneros eletrônicos.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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Na época do lançamento do primeiro álbum da banda, “Frogstomp” (1995), Daniel Johns e os outros membros da banda tinham por volta de 15 anos. Por ter conquistado a fama ainda muito novo, o vocalista do Silverchair passou quase toda a vida em uma batalha contra si mesmo.

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Durante muitos anos, ele lutou contra a anorexia e outros distúrbios de ordem psicológica, como transtorno de ansiedade. Havia sinais com relação a isso, inclusive, nas letras das músicas do Silverchair – uma das mais célebres é “Ana’s Song (Open Fire)”, que lida diretamente com a anorexia.

É por isso que, segundo ele, o Silverchair não volta: o vocalista sente enorme dificuldade em trabalhar com aquele material, como contou ao jornal The Sunday Telegraph em 2018:

“Eu não acho que voltar e revisitar as coisas sobre as quais aqueles álbuns falam seja algo bom para mim. Na verdade, ouvir algumas daquelas músicas me dói. É bem doloroso fazer isso.”

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Apesar disso, Daniel Johns não menospreza a relação dos fãs com a música que ele e seus companheiros criaram ao longo dos anos. Foram lançados, ao todo, cinco álbuns de estúdio com a banda – o último, “Young Modern”, saiu em 2007.

“Eu sei que as pessoas gostam muito daquele trabalho e que ajudou um monte de gente, e eu sou realmente orgulhoso disso e consciente para não me ofender. A música é para eles, sempre estará lá para as pessoas que quiserem.”

O vocalista chegou a consumir álcool como forma de lidar com suas questões psicológicas, mas só alcançou uma maior qualidade de vida quando passou a frequentar a terapia e tomar remédios prescritos por profissionais.

Desde o fim do Silverchair, Daniel Johns tem se dedicado a outros projetos musicais, bem como sua carreira solo. Todos esses trabalhos são bem distantes do rock – o músico tem se orientado bem mais a gêneros eletrônicos.

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André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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