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Steve Perry é pago pelo Journey até hoje para banda seguir sem ele

Foi noticiado, recentemente, que o baterista Steve Smith e o baixista Ross Valory foram demitidos do Journey. Entre idas e vindas, os músicos estão na formação desde a década de 1970.

A dispensa de Smith e Valory foi feita, de acordo com uma advogada que representa o guitarrista Neal Schon e o tecladista Jonathan Cain, porque o baterista e o baixista tentaram “aplicar um golpe corporativo para obter controle de uma das empresas do Journey, Nightmare Productions”. A ação aponta que Schon e Cain são, desde 1998, os únicos donos do grupo.

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Para acionarem judicialmente os dois músicos dissidentes do Journey, Neal Schon e Jonathan Cain precisaram divulgar documentos empresariais da banda. A papelada chamou atenção, conforme divulgado pelo site ‘Ultimate Classic Rock’, por trazer detalhes de um acordo com o vocalista Steve Perry que, até então, permanecia desconhecido do público.

Antes do primeiro hiato do Journey, em 1986, Perry, Schon e Cain, os três únicos integrantes fixos mantidos na banda – baixo e bateria eram tocados por músicos de estúdio – fizeram um acordo para licenciar a marca da banda por meio da Nightmare Productions. O contrato foi alterado em 1997, quando Perry deixou o Journey.

Os novos termos apontavam que Steve Perry concordava seus direitos da marca Journey. Contudo, como era de se esperar, isso veio a um alto preço – e que é pago até hoje.

Segundo os documentos, o Journey precisou pagar a Steve Perry um total de 50% dos lucros líquidos de Neal Schon ou Jonathan Cain (o que for maior) dos dois primeiros álbuns sem o cantor. Para o terceiro disco, a porcentagem foi reduzida a 25%. Do quarto em diante, a fatia passou a ser de 12,5%.

Quatro álbuns foram lançados pelo Journey desde a saída de Steve Perry. Os dois primeiros, “Arrival” (2001) e “Generations” (2005), foram gravados com Steve Augeri no vocal. Já “Revelation” (2008) e “Eclipse” (2011) contam com o atual frontman, Arnel Pineda.

Termos semelhantes foram feitos para o lucro com as turnês. Steve Perry recebeu 50% do lucro líquido (novamente de Schon ou Cain, o que for maior) das primeiras duas tours após sua saída da banda. A fatia caiu para 25% na terceira turnê e 12,5% da quarta em diante. O acordo inclui não só a renda com ingressos, como, também, itens de merchandising e outras fontes.

Há, ainda, o direito de Steve Perry em cima de “rendas diversas” do Journey, não especificadas e não relacionadas a álbuns e turnês. Vale destacar que, apesar da porcentagem apresentada nos termos anteriores, o contrato estipula um piso: em nenhum caso, o lucro líquido será inferior a 20% do valor total obtido. E Perry não quer nem saber: ele não pode ser responsabilizado por qualquer prejuízo do novo Journey.

Por fim, o ex-vocalista do Journey impôs que o primeiro álbum após sua saída deveria conter um adesivo indicando a mudança, trazendo o nome do novo cantor de maneira clara. Caso o disco venda menos do que um milhão de cópias, o segundo também deveria trazer um recado similar.

Curiosamente, os dois primeiros álbuns do Journey após a saída de Steve Perry não chegaram à marca de um milhão de cópias vendidas cada. Não chegaram nem perto, conforme indicam dados compilados pela Wikipédia: “Arrival” e “Generations” tiveram, respectivamente, 350 mil e 100 mil unidades comercializadas. O milhão em caráter mundial foi atingido apenas com “Revelation”, primeiro com Arnel Pineda, que conquistou disco de platina nos Estados Unidos.

Steve Perry esteve distante de sua carreira na música desde que saiu do Journey. Ele só retornou em 2018, com um álbum solo intitulado “Traces”.

O Journey, por sua vez, permaneceu ativo nas últimas décadas, seja com Steve Augeri, Arnel Pineda ou mesmo Jeff Scott Soto (entre 2006 e 2007) nos vocais. Os substitutos de Ross Valory e Steve Smith não foram anunciados – o baterista havia retornado à banda em 2015, após passar 13 anos fora, tendo Deen Castronovo como seu substituto no período.

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Igor Miranda
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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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A dispensa de Smith e Valory foi feita, de acordo com uma advogada que representa o guitarrista Neal Schon e o tecladista Jonathan Cain, porque o baterista e o baixista tentaram “aplicar um golpe corporativo para obter controle de uma das empresas do Journey, Nightmare Productions”. A ação aponta que Schon e Cain são, desde 1998, os únicos donos do grupo.

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Antes do primeiro hiato do Journey, em 1986, Perry, Schon e Cain, os três únicos integrantes fixos mantidos na banda – baixo e bateria eram tocados por músicos de estúdio – fizeram um acordo para licenciar a marca da banda por meio da Nightmare Productions. O contrato foi alterado em 1997, quando Perry deixou o Journey.

Os novos termos apontavam que Steve Perry concordava seus direitos da marca Journey. Contudo, como era de se esperar, isso veio a um alto preço – e que é pago até hoje.

Segundo os documentos, o Journey precisou pagar a Steve Perry um total de 50% dos lucros líquidos de Neal Schon ou Jonathan Cain (o que for maior) dos dois primeiros álbuns sem o cantor. Para o terceiro disco, a porcentagem foi reduzida a 25%. Do quarto em diante, a fatia passou a ser de 12,5%.

Quatro álbuns foram lançados pelo Journey desde a saída de Steve Perry. Os dois primeiros, “Arrival” (2001) e “Generations” (2005), foram gravados com Steve Augeri no vocal. Já “Revelation” (2008) e “Eclipse” (2011) contam com o atual frontman, Arnel Pineda.

Termos semelhantes foram feitos para o lucro com as turnês. Steve Perry recebeu 50% do lucro líquido (novamente de Schon ou Cain, o que for maior) das primeiras duas tours após sua saída da banda. A fatia caiu para 25% na terceira turnê e 12,5% da quarta em diante. O acordo inclui não só a renda com ingressos, como, também, itens de merchandising e outras fontes.

Há, ainda, o direito de Steve Perry em cima de “rendas diversas” do Journey, não especificadas e não relacionadas a álbuns e turnês. Vale destacar que, apesar da porcentagem apresentada nos termos anteriores, o contrato estipula um piso: em nenhum caso, o lucro líquido será inferior a 20% do valor total obtido. E Perry não quer nem saber: ele não pode ser responsabilizado por qualquer prejuízo do novo Journey.

Por fim, o ex-vocalista do Journey impôs que o primeiro álbum após sua saída deveria conter um adesivo indicando a mudança, trazendo o nome do novo cantor de maneira clara. Caso o disco venda menos do que um milhão de cópias, o segundo também deveria trazer um recado similar.

Curiosamente, os dois primeiros álbuns do Journey após a saída de Steve Perry não chegaram à marca de um milhão de cópias vendidas cada. Não chegaram nem perto, conforme indicam dados compilados pela Wikipédia: “Arrival” e “Generations” tiveram, respectivamente, 350 mil e 100 mil unidades comercializadas. O milhão em caráter mundial foi atingido apenas com “Revelation”, primeiro com Arnel Pineda, que conquistou disco de platina nos Estados Unidos.

Steve Perry esteve distante de sua carreira na música desde que saiu do Journey. Ele só retornou em 2018, com um álbum solo intitulado “Traces”.

O Journey, por sua vez, permaneceu ativo nas últimas décadas, seja com Steve Augeri, Arnel Pineda ou mesmo Jeff Scott Soto (entre 2006 e 2007) nos vocais. Os substitutos de Ross Valory e Steve Smith não foram anunciados – o baterista havia retornado à banda em 2015, após passar 13 anos fora, tendo Deen Castronovo como seu substituto no período.

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