Como estão os shows do Queen + Adam Lambert após o filme Bohemian Rhapsody

A popularidade do Queen, sempre alta, ficou ainda maior com o filme ‘Bohemian Rhapsody’. Lançada no fim de 2018, a cinebiografia fez muito sucesso, rendendo mais de US$ 900 milhões em bilheteria mundial e trazendo até um Oscar de Melhor Ator para Rami Malek, que interpretou Freddie Mercury no longa.

Como era de se esperar, o filme renovou o público do Queen. Ciente disso, a banda não perdeu tempo em anunciar, já em dezembro de 2018, uma nova turnê do projeto Queen + Adam Lambert, junto de seu jovem vocalista. A excursão, estrategicamente intitulada ‘The Rhapsody Tour’, começou em julho de 2019 e teve datas, até o momento, cumpridas até o fim de fevereiro deste ano, percorrendo América do Norte, Ásia e Oceania.

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Em meio às apresentações, Queen e Adam Lambert chegarma a recriar o histórico show realizado no Live Aid, em 1985, durante o evento Fire Fight Australia, também em fevereiro deste ano, que arrecadou fundos para amenizar os efeitos dos incêndios na Austrália. Na ocasião, eles tocaram as músicas ‘Bohemian Rhapsody’, ‘Radio Ga Ga’, ‘Hammer To Fall’, ‘Crazy Little Thing Called Love’, ‘We Will Rock You’ e ‘We Are The Champions’ – algumas delas, em formato encurtado, exatamente como a performance original.

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Em entrevista ao Music Feeds, Adam Lambert celebrou a boa fase vivenciada pelo Queen após o filme ‘Bohemian Rhapsody’. “Aquele momento (Live Aid, recriado no Fire Fight Australia) se tornou tão icônico no filme. Estávamos fazendo turnês com shows lotados antes, mas o filme levou isso a um nível adiante para essa turnê. Mudamos nossa demografia. Temos crianças na plateia, assim como famílias completas. É tão legal”, afirmou.

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Público

É sempre complicado comparar turnês, já que as realizações ocorrem em momentos diferentes e estão sujeitas a diversos contextos. Porém, uma rápida análise comparativa entre a ‘The Rhapsody Tour’ e o giro anterior, apenas chamado ‘Queen + Adam Lambert Tour 2017-2018’, mostra que o projeto tem, realmente, se apresentado para públicos ligeiramente maiores.

Na parte norte-americana da ‘Rhapsody Tour’, a média de público foi mais alta, entre 15 mil e 20 mil presentes, e nenhuma data com dados revelados recebeu menos de 13 mil fãs. Já na ‘Queen + Adam Lambert Tour 2017-2018’, a média foi menor, mais próxima dos 10 mil a 13 mil, e contou com algumas performances – como em Denver, Omaha, Uncasville e Houston, todas nos Estados Unidos – abaixo disso, recebendo entre 6 mil e 9 mil pagantes.

Música

Musicalmente, os shows não mudaram tanto na comparação entre antes e depois de ‘Bohemian Rhapsody’. O repertório do Queen + Adam Lambert segue limitado ao que foi produzido no passado. Lambert, inclusive, disse em entrevista ao site Hunger que não faz sentido gravar músicas inéditas com o projeto atual.

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“As pessoas sempre perguntam se queremos gravar juntos e eu não tenho certeza se isso faz sentido, porque não seria realmente o Queen. Para mim, o Queen é Freddie (Mercury). O que mais gosto é colaborar com os shows e criar elementos no palco, apresentar ideias a esses dois cavalheiros (o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor), especialmente quando eles gostam da ideia”, disse.

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Dessa forma, o contexto musical segue abrangendo todas as fases do Queen “formal”, ou seja, entre o início das décadas de 1970 e 1990. Vale destacar que os shows ficaram ligeiramente maiores, com algumas músicas a mais no setlist, chegando a quase 30 tocadas em uma noite.

O foco maior está, obviamente, nos hits, como ‘Don’t Stop Me Now’, ‘Bohemian Rhapsody’, ‘Somebody to Love’, ‘Under Pressure’, ‘Another One Bites the Dust’, ‘Crazy Little Thing Called Love’, ‘The Show Must Go On’, ‘Radio Gaga’, ‘We Will Rock You’, ‘We Are The Champions’ e por aí vai.

Mudaram alguns detalhes, como a inesperada abertura com ‘Now I’m Here’, e a chegada de ‘Doing All Right’, canção dos tempos de Smile (banda pré-Queen, sem Freddie Mercury) que ganhou sobrevida ao entrar para a trilha sonora do filme. E, sim, ‘I’m In Love With My Car’ segue sendo tocada e cantada por Roger Taylor, mesmo com as brincadeiras feitas com ela no longa.

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Na Nova Zelândia, eles chegaram a tocar um trecho de ‘Whole Lotta Love’, do Led Zeppelin. Um momento curioso e quase único no repertório da banda, que não costuma homenagear outros artistas.

O Queen + Adam Lambert, vale reforçar, conta não só com Brian May na guitarra, Roger Taylor na bateria e Adam Lambert nos vocais, como, também, traz Spike Edney (que já excursionava com o Queen desde 1984 como músico de apoio) nos teclados, Neil Fairclough no baixo e Tyler Warren na percussão e bateria adicional.

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Assista, abaixo, a um show completo do Queen + Adam Lambert em Brisbane, Austrália, no início deste ano:

* Foto da matéria: Teppei Kishida / reprodução / Instagram

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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