O vocalista David Coverdale falou, em entrevista ao CleveScene, sobre o atual momento de sua banda, o Whitesnake. O grupo divulga um novo álbum de inéditas, “Flesh & Blood”, nesta sexta-feira (10), com lançamento em CD nacional pela Hellion Records.
Ao ser perguntado sobre o motivo pelo qual o Whitesnake resistiu ao teste do tempo, diferente de outras bandas da década de 1980, Coverdale respondeu: “Não sei. Músicas boas, talvez. Foco nas músicas. Tenho um selo de aprovação. Você não terá nada em mãos que eu não tenha aprovado. Quando faço esses materiais especiais de aniversário, transformo em um presente para os fãs. Temos dificuldades em fazer repertórios, porque temos diferentes sucessos em distintas partes do mundo”.
– ‘1987’, o disco do Whitesnake que tinha tudo para dar errado
Em seguida, o cantor foi perguntado sobre o que “Flesh & Blood” tem de diferente. “Quisemos fazer o melhor possível”, respondeu. “Tentei me aposentar mais vezes que Sinatra. Fizemos um álbum sólido, ‘Good To Be Bad’ (2008). Pensei: ‘ótimo, não preciso aumentar o repertório’. Daí, pediram outro álbum e fizemos ‘Forevermore’ (2011), que tem alguns clássicos legítimos. Pensei que seria ótimo sair de cena, mas não. São as exigências dos meus amigos do Twitter. As pessoas querem isso de mim e isso tem acontecido entre os últimos 15, 18 anos.”
Coverdale destacou que Jon Lord, tecladista com quem trabalhou no Deep Purple e Whitesnake, faleceu em 2012 e, após isso, outras perdas em sua família o deixaram abatido. “Na época, eu estava trabalhando em ideias atualizadas de Deep Purple e depois dessa epifania, foi como fazer as pazes. Foi incrível poder me reconectar com pessoas de 30 a 40 anos atrás, para lembrar do quanto eu as amava e o quanto elas foram importantes na minha vida. Não quero perder ninguém sem dizer o quanto essas pessoas significam para mim”, refletiu.