O músico e DJ Moby relembrou, em entrevista à SiriusXM transcrita pelo Ultimate Guitar, da ocasião em que trabalhou com o Guns N’ Roses. Ainda na década de 1990, o artista foi escalado para ser o produtor do álbum “Chinese Democracy“, que acabou saindo apenas em 2008 e não contou com ele.
“Fui para Los Angeles e passei alguns dias no estúdio com Axl (Rose, vocalista) e quem mais estava na banda no momento. Ele mostrou algumas coisas e eu não podia acreditar. Minha vida estava estranha na época, mas eu estava com Axl me pedindo opinião sobre seu material”, relembrou, inicialmente.
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Moby, então, contou que sua reação ao material comprometeu a sua continuidade no trabalho. “Fiz a pergunta que nunca deveria ter feito: ‘isso é ótimo, mas onde estão os vocais?’. Todos ficaram desconfortáveis. Eles trabalhavam no disco há seis anos e não havia vocal nenhum”, afirmou.
Ainda durante o bate-papo, Moby contou que o material apresentado por ele representava a “encarnação industrial” do Guns N’ Roses. “Ali, eu percebi e falei que não era um produtor. Eu produzia meus próprios álbuns, mas nunca havia trabalhado com uma banda de rock. E eu não achava que meu primeiro trabalho como produtor de rock deveria ser com o Guns N’ Roses. Então, deixei de lado”, disse.
O DJ afirmou, ainda, que Axl Rose o odeia pelo fato de ele ter conseguido sucesso logo com seu álbum seguinte. “A partir dali, fiz o ‘Play’ (1999) e Axl ainda me odeia. Ele não fala comigo. Não sei o porquê, pois eu o achei cativante e interessante. Uma das coisas que me chateiam por não ter produzido ‘Chinese Democracy’ foi o fim de minha estranha amizade com Axl. Mesmo agora, eu o vejo e ele não fala comigo, mas todos os outros integrantes – não os que estavam envolvidos com ‘Chinese Democracy’, mas Slash, Duff McKagan, Matt Sorum, até vi Izzy Stradlin outra noite – são incríveis. São humildes e maravilhosos. Tenho certeza que Axl também é incrível, mas ele não fala comigo”, pontuou.
