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Lucifer soa mais refinado e pesado em seu segundo álbum, II

Resenha: Lucifer – “Lucifer II” (2018)

O Lucifer chamou a atenção dos fãs de rock empoeirado com seu álbum de estreia, autointitulado, em 2015. Com forte influência da psicodelia, complementada por uma pitada doom, o grupo liderado pela talentosa vocalista Johanna Sadonis (Oath) conseguiu boa repercussão no segmento.

Para o segundo álbum, a decisão foi um pouco mais ousada: Johanna Sadonis dispensou todos os outros músicos envolvidos na formação inicial e trabalhou, primariamente, com o marido Nicke Andersson. Para quem não sabe, Andersson é conhecido, em especial, por comandar o The Hellacopters, como vocalista e guitarrista. Ele também é baterista do Entombed e lidera o Imperial State Electric, grupo que formou após o hiato de seu projeto principal.

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Além de Sadonis e Andersson, que assumiu guitarra e bateria no álbum, o novo trabalho do Lucifer contou com Robin Tidebrink também nas seis cordas. E, assim, nasceu o “Lucifer II”, segundo álbum de estúdio do grupo, que foi lançado no Brasil pela Hellion Records.

Com faixas mais curtas que seu antecessor, “Lucifer II” é bem mais orientado ao hard rock setentista, com um tom de occult/heavy rock, do que o antecessor, que soava mais psicodélico. E a mudança foi bastante positiva, em meu ver.

Agora, as músicas vão direto ao ponto, focando em riffs pesados com claras alusões ao Black Sabbath, grooves mais arrastados e nos excelentes vocais de Johanna Sadonis. Não sobrou espaço para muitas viagens instrumentais ou inserções de teclados e efeitos mais contemplativos.

As duas músicas lançadas como singles, “California Son” e “Dreamer”, se destacam por serem mais grudentas e envolverem logo de cara. No entanto, o álbum cresce ao longo de suas faixas. A versão para “Dancing With Mr. Dr”, original dos Rolling Stones, se sobressai pelo tratamento dado. A climática “Eyes In The Sky”, com suas mudanças de andamento, também merece ser citada.

Apesar dos destaques pontuais citados, “Lucifer II” é bom por completo. A mudança na orientação sonora e o envolvimento de Nicke Andersson, um dos grandes nomes do rock sueco, fizeram o Lucifer crescer de forma exponencial em seu novo trabalho.

Johanna Sadonis (vocal)
Nicke Andersson (guitarra, bateria)
Robin Tidebrink (guitarra)

1. California Son
2. Dreamer
3. Phoenix
4. Dancing with Mr. D (The Rolling Stones cover)
5. Reaper on Your Heels
6. Eyes in the Sky
7. Before the Sun
8. Aton
9. Faux Pharaoh

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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