Como o Nirvana, especialmente Kurt Cobain, lidou com o sucesso repentino

O Nirvana construía um trabalho sólido no underground antes de estourar com “Nevermind”, em 1991. Porém, embora não tenha sido fruto do acaso, o sucesso realmente veio da noite para o dia.

Ao mesmo tempo, os integrantes da banda – Kurt Cobain (vocalista e guitarrista), Krist Novoselic (baixista) e Dave Grohl (baterista) – eram sujeitos simples, acostumados com o fato de ter pouco dinheiro e defender bandeiras como o “faça você mesmo” do punk rock, o feminismo e o ativismo LGBTQ. Como a banda, especialmente Cobain, lidou com o próprio sucesso?

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Em entrevista à rádio Q104.3, transcrita pelo Ultimate Guitar, o empresário Danny Goldberg falou sobre a repentina mudança de patamar do Nirvana. Goldberg está divulgando seu novo livro, “Serving the Servant: Remembering Kurt Cobain”, que fala sobre a banda e sobre Cobain, que cometeu suicídio em 1994, aos 27 anos.

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Inicialmente, o empresário falou sobre o tamanho do Nirvana, mesmo tantos anos após a morte de Kurt Cobain. “‘Nevermind’ saiu no fim de setembro de 1991. No Réveillon, três meses depois, estava no topo das paradas da América e em praticamente todo o mundo. Fez sucesso na Europa inteira – até na França, que não gostava de bandas de rock americana -, no Japão, América Latina… esse livro está saindo na Bulgária, Sérvia, Rússia. E não é por minha reputação como autor, é por causa de Kurt e por quanto o Nirvana significa para as pessoas”, disse.

Em seguida, Goldberg destacou que o Nirvana, realmente, passou por uma grande mudança em 1991. “De repente, eles estão viajando de avião ao invés de vans e dormindo em quartos de hotel ao invés do sofá ou no chão de alguém. Não sei se havia sofrimento com isso. Acho que, definitivamente, Kurt gostava de algumas partes, como não ficar sem dinheiro. Ele era quebrado até ‘Nevermind’ e queria segurança financeira, além de gostar da ideia de pessoas admirarem e respeitarem sua música”, afirmou.

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Por fim, o empresário reforçou que Kurt Cobain trabalhou muito para conquistar esses objetivos – logo, não houve sofrimento com relação ao sucesso em especial. “É algo desorientador fazer, de repente, 15 a 20 entrevistas por dia. O que ele não gostou foi do escrutínio feito de sua vida pessoal e da falta de privacidade”, disse.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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