5 músicas do Greta Van Fleet que não se parecem com Led Zeppelin

Em um primeiro momento, ouvir Greta Van Fleet sem fazer a associação primária com o Led Zeppelin é um tanto desafiador. Há inúmeras referências no som dos caras que remetem ao quarteto britânico, que se tornou lendário na década de 1970.

No entanto, é um pouco injusto limitar a sonoridade do Greta Van Fleet a uma mera cópia do Led Zeppelin. Na medida em que se ouve as músicas da banda, dá para notar outros temperos no caldeirão musical feito por eles.

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Além de ser formado por músicos jovens – e que, certamente, ainda vão amadurecer em termos artísticos -, o grupo explora outras influências em suas sonoridades. Algumas delas até fogem do beabá do rock clássico.

Abaixo, separei cinco músicas do Greta Van Fleet que não lembram o Led Zeppelin – a não ser pelo timbre do vocalista Josh Kiszka, que nasceu dessa forma e não dá para mudar. Confira:

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“Flower Power”: A terceira faixa do EP “From The Fires” mostra o grupo explorando influências do hard rock da década de 1970 que vão um pouco além do Led Zeppelin. Embora a bateria de Danny Wagner tenha alguma referência a John Bonham (assim como quase todo percussionista que aprendeu a tocar depois de Bonzo ficar famoso), a melodia e a construção instrumental como um todo remete a bandas como Small Faces e Humble Pie, ambos capitaneados pelo gigante Steve Marriott – seja pelo andamento eletroacústico ou pela forte presença de órgão.

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“Talk on the Street”: Essa é uma das poucas músicas em que Josh Kiszka não soa tanto como Robert Plant. As linhas vocais parecem fazer mais referência a Geddy Lee, vocalista e baixista do Rush. Musicalmente, a canção soa menos “rock clássico” e explora caminhos um pouco mais autorais, especialmente por seu andamento que mistura peso e swing.

“Watching Over”: Ainda que não carregue os jams necessários para o segmento, essa música do álbum “Anthem of the Peaceful Army” aposta em construções harmônicas e efeitos de guitarra que flertam com o rock psicodélico, que se consagrou na década de 1960. Fosse um pouco mais inventiva e descompromissada, teria mais aproximação com os anos 60 do que os 70, mas, da forma que foi concebida, já soa suficientemente autoral.

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“The New Day”: O Greta Van Fleet gosta, mesmo, de músicas com pegada eletroacústica. E funciona bem quando eles colocam o violão em destaque sem descartar os outros instrumentos convencionais. Nessa faixa, as influências do R&B e da música gospel americana aparecem com mais força, especialmente pelos vocais – tanto pela linha de voz principal quanto pelos backing vocals em coro no refrão.

“Brave New World”: A penúltima música de “Anthem of the Peaceful Army” é uma das mais identitárias da carreira do Greta Van Fleet. A banda mandou muito bem ao aliar suas naturais influências do hard rock setentista com uma forte pegada do heavy rock, que deu as bases para o nascimento do heavy metal ainda na década de 1960. Não há referência alguma a Led Zeppelin nessa faixa.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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