O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou por meio do Twitter que entrou em contato com Lucinha Araújo, mãe do cantor Cazuza. Ele revelou ter pedido desculpas para Lucinha após ter atribuído uma frase a ele de forma equivocada.
“Liguei para Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, para desfazer o equívoco de uma resposta que dei atribuindo a ele frase de um programa humorístico. A conversa foi tocante e combinamos uma visita a ela quando eu for ao Rio. O amor do coração de uma mãe por seu filho é algo valoroso”, afirmou.
Liguei para Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, para desfazer o equívoco de uma resposta que dei atribuindo a ele frase de um programa humorístico. A conversa foi tocante e combinamos uma visita a ela quando eu for ao Rio. O amor do coração de uma mãe por seu filho é algo valoroso.— Ricardo Vélez (@ricardovelez) 5 de fevereiro de 2019
Em recente entrevista à revista “Veja”, o ministro da Educação havia dito: “liberdade não é o que pregava Cazuza, que dizia que liberdade é passar a mão no guarda”. A frase em questão nunca foi dita pelo cantor: trata-se de uma brincadeira feita pelo humorístico “Casseta & Planeta” ainda na década de 1980.
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A declaração do ministro foi dada após o entrevistador da revista ter perguntado se a liberdade de cátedra inclui ensinar marxismo, fascismo e liberdade. “Liberdade não é fazer o que você deseja. Liberdade é agir, fazer escolhas dentro dos limites da lei e da moralidade. Fazer o que dá vontade não é ser livre. Isso é libertinagem. No Brasil, por força de ciclos autoritários, temos uma visão enviesada da liberdade. Liberdade não é o que pregava Cazuza, que dizia que liberdade é passar a mão no guarda. Não! Isso é desrespeito à autoridade, vai para o xilindró. Nossas crianças e adolescentes devem ser formados na educação para a cidadania, que ensina como agir de acordo com a lei e com a moral”, respondeu Rodríguez.
A situação fez com que Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, divulgasse uma carta aberta criticando o ministro da Educação. “Posso vislumbrar que não seja prioridade do atual governo programas sociais que visem a igualdade de direitos, respeito as minorias, educação e saneamento básico como prioridades, mas respeito a democracia que elegeu o atual presidente e que lhe nomeou. Mas não posso deixar que declarações levianas coloquem na boca de Cazuza o que ele nunca disse. Gostaria de deixar aberta a possibilidade de se retratar publicamente para que não seja necessário ter que tomar providencias jurídicas”, disse ela, em trecho do texto.