“Bohemian Rhapsody”, cinebiografia sobre o Queen vencedora de quatro prêmios Oscar, finalmente será exibida em cinemas da China. No entanto, o órgão censor local cortou todas as cenas de natureza homoafetiva.
O filme conta a história do Queen, com foco especial no vocalista Freddie Mercury, que era bissexual. O cantor morreu devido a complicações causadas pelo vírus HIV em novembro de 1991.
Após ter sido aprovada com restrições pelo órgão censor local, a exibição foi confirmada, em caráter limitado, apenas nas salas da National Alliance of Arthouse Cinemas.
A novidade foi anunciada pelo site The Hollywood Reporter, que também constatou que o discurso feito pelo ator Rami Malek, responsável por dar vida a Freddie Mercury no filme, após ter sido premiado como Melhor Ator no Oscar 2019, passou por censura na emissora local Mango TV. Uma frase que faz menção ao cantor do Queen foi alterada na legenda da da transmissão.
Em trecho de seu discurso, Rami Malek disse: “Nós fizemos um filme sobre um cara gay, um imigrante que viveu sua vida de forma totalmente autêntica […]”. No entanto, a tradução feita pela TV chinesa, que é controlada pela estatal Hunan TV, substituiu a expressão “um cara gay” por “um cara que fazia parte de um grupo especial”.
Embora a China não tenha uma política clara de restrições a conteúdos com referências à homossexualidade, o histórico do país nesse ponto é grande.