O baterista Nicko McBrain relembrou, em entrevista à Classic Rock, sobre o período que antecedeu o retorno do vocalista Bruce Dickinson e do guitarrista Adrian Smith ao Iron Maiden. A dupla voltou à banda em 1999 – Dickinson retomou sua vaga, que era ocupada por Blaze Bayley até então, mas a presença de Smith não acarretou em nenhuma demissão, já que seu substituto, Janick Gers, também foi mantido.
McBrain contou que, de início, a sensação do Iron Maiden sobre a volta de Dickinson e Smith era de insegurança, já que os dois haviam deixado a banda no passado. “Quando me falaram sobre a possibilidade, eu estava em um bar no Japão com Rod (Smallwood, empresário) e Janick. Rod contou que Adrian e Bruce estavam voltando e pediu a minha opinião. Eu disse: ‘Não acho que seja uma boa ideia'”, afirmou.
Em seguida, o baterista contou que Janick Gers colocou sua própria vaga à disposição para o retorno de Adrian Smith. “Janick disse: ‘Somos uma banda de dois guitarristas. Três guitarras? Eu não entendo. Vou sair fora'”, revelou Nicko McBrain.
– E se Blaze Bayley tivesse ficado para mais um disco com o Iron Maiden?
Apesar da reação de Gers, a intenção era contar com sua presença na banda. “Rod disse: ‘você não vai a lugar nenhum, meu caro’. Olhei para Rod e perguntei: ‘por falar nisso, você vai reduzir a sua comissão?’. Ele perguntou sobre o que diabos eu estava falando. Eu respondi: ‘agora temos seis membros que devem ser pagos’. Ele só olhou para mim e resmungou: ‘p*rra, típico baterista'”, afirmou o baterista.
Por fim, Nicko McBrain destacou que o Iron Maiden foi “abençoado” pelo retorno de Bruce. “Todos saíram ganhando. De verdade, se isso não tivesse acontecido, eu não sei onde nós estaríamos tendo essa conversa”, concluiu.