O Kiss pode lançar um álbum ao vivo com a gravação de algum show da turnê de despedida, “End Of The Road”. A informação foi revelada pelo vocalista e guitarrista Paul Stanley, em sessão de perguntas e respostas durante o cruzeiro da banda, “Kiss Kruise”, com apuração do site Blabbermouth.
Questionado por um fã sobre um eventual álbum ao vivo, Paul Stanley respondeu: “Não pensei nisso, mas parece apropriado que a gente queira documentar, seja em vídeo ou em áudio. É uma ótima forma de concluir as coisas. Embora não tenha sido planejado ou pensado, parece lógico”.
A banda se notabilizou, justamente, por conta de álbuns ao vivo. Depois de lançar seus três primeiros discos de estúdio e não obter sucesso, o grupo apostou todas as fichas em “Alive!”, de 1975, e conquistou fama.
– O Kiss virou sinônimo de fiasco – e isso se estende até a seus ex-integrantes
De janeiro a abril, a turnê de despedida do Kiss, “End Of The Road”, vai tocar pela América do Norte. Entre maio e julho, a rota é a Europa. Já em novembro e dezembro, o grupo excursiona pela Oceania.
O argentino Christian Acosta, que costuma ser boa fonte sobre turnês na América do Sul, afirmou, em publicação no Twitter, que o Kiss anunciará shows no continente em breve. Uma eventual tour sul-americana da banda, certamente, abrangeria o Brasil, por onde o grupo já passou por seis vezes – a última, em 2015, com a “40th Anniversary Tour”.
A expectativa é que a “End Of The Road” siga por três anos – ou seja, até 2021 – antes do Kiss encerrar suas atividades. Os músicos têm dito, em entrevistas, que a ideia é excursionar por todos os cantos do mundo e não repetir cidades.
A “End Of The Road” foi anunciada oficialmente pelo Kiss em setembro deste ano, durante uma apresentação no talent show americano “America’s Got Talent”. “Essa será nossa última turnê. Será o maior e mais explosivo show que já fizemos. Pessoas que nos amam, venham nos ver. Se você nunca nos viu, essa é a hora. Será o show”, disse Paul Stanley, em comunicado à imprensa.
Não é o primeiro “adeus”
Curiosamente, a “End Of The Road” não é a primeira turnê de despedida do Kiss. Em 2000, após duas turnês com a reunida formação original – composta por Paul Stanley, Gene Simmons Ace Frehley e Peter Criss -, a banda anunciou que encerraria suas atividades, mas, antes, realizariam a “Farewell Tour”. A excursão rodou pela América do Norte em 2000.
O contrato do baterista Peter Criss se encerrava após o último show de 2000, mas foram marcadas datas em 2001, na Ásia e na Austrália. Não foi possível renovar com Criss, então, Eric Singer assumiu o posto para essas datas específicas.
Em 2002, já sem Ace Frehley, mas com Peter Criss de volta, a banda anunciou que não se aposentaria. No ano seguinte, foi realizada a “World Domination Tour”, com o guitarrista Tommy Thayer no posto de Ace Frehley.
O contrato de Peter Criss, novamente, não foi renovado e ele deixou o Kiss. Em 2004, o grupo voltou com Eric Singer, além de Tommy Thayer. Em entrevistas, os líderes e remanescentes, Paul Stanley e Gene Simmons, explicaram que não queriam encerrar a banda, apenas se “livrarem” de Ace Frehley e Criss.