O vocalista Bruce Dickinson refletiu, em entrevista à revista Heavy, sobre a sua posição como frontman do Iron Maiden. Apesar da idade avançada – Dickinson está com 60 anos – e de um recente problema de saúde – um câncer de língua já curado -, o cantor acredita estar desempenhando bem o seu papel e explica como é o seu trabalho.
“Enquanto você está tendo essa experiência, é muito intenso, porque você está no negócio de gerenciamento de energia, eu suponho. Muitas coisas na vida são sobre gerenciar energia, porque há todas aquelas pessoas e aquela energia emocional voando por ali, todos olhando para o palco com a expectativa de: ‘uau, só quero que isso seja muito bom’. Vai soar um pouco estranho e ridiculamente semi-místico, mas você realmente consegue sentir essa energia, puxá-la e redirecioná-la, refletindo de volta para a plateia”, afirmou.
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Segundo Bruce, refletir a energia da plateia de volta para ela mesma é o que define o “grande momento” de um show. “Você consegue sentir a atenção deles e você oferece isso de volta, porque não dá para ir embora com a atenção de 50 mil pessoas no fim do show. Se você faz isso toda noite, você ficaria louco, então, você tenta se livrar de tudo isso no fim. É como se você estivesse se alimentando com um grande gerador de Van der Graaff – você precisa soltar a energia no fim, para não sair andando com 10 milhões de volts em seu corpo”, disse.
Dickinson também fez comparações com outras áreas da arte. “Em uma escala reduzida, quando você está fazendo um show sozinho, embora seja em um teatro e seja obviamente mais silencioso, há o mesmo acúmulo de energia. É mais intimista, mas é a mesma coisa: você sente a energia das pessoas e dá de volta a eles”, afirmou.