O líder do Megadeth, Dave Mustaine, falou em entrevista ao “Art Of The Craft” (transcrição via Ultimate Guitar) sobre a recente – e “desastrosa” tentativa de reunir a formação clássica da banda, com o retorno do guitarrista Marty Friedman e do falecido baterista Nick Menza. Ele revelou, ainda, por que Chris Broderick e Shawn Drover, que integravam o grupo naquela época, pediram para sair.
Inicialmente, Mustaine relembrou o “desastre” – descrição em suas próprias palavras – ao tentar retomar a formação clássica do Megadeth. “Foi difícil, porque estávamos tentando que ele tocasse, e ele não podia mais tocar. Então, eu estava tentando montar partes com faixas de bateria. E quando o baixista (David Ellefson) chegasse, colocaríamos algumas coisas de baixo”, disse, em provável menção às gravações do disco que se tornaria “Dystopia” (2016).
– Com técnica e muito peso, Megadeth se supera em “Dystopia”
Na ocasião, Dave Mustaine tentou trazer Marty Friedman – que, aparentemente, nem chegou a aparecer em algum ensaio – e Nick Menza de volta para que ocupassem as respectivas vagas de Chris Broderick e Shawn Drover, que haviam deixado o Megadeth em 2014. E, ainda durante a entrevista, Mustaine revelou por que Broderick e Drover saíram da banda.
“Tínhamos uma formação e sairíamos em turnê com o Iron Maiden. Então, Bruce (Dickinson, vocalista) teve câncer na língua. Deixamos uma turnê de um ano para fazer a tour com o Maiden e eles disseram: ‘oh, desculpe, a turnê acabou’. Fiquei puto, porque deixamos a estrada por um ano e o guitarrista e o baterista (Chris Broderick e Shawn Drover) foram informados pela empresa de gerenciamento na época: ‘vocês precisam arrumar outro trabalho’. Então, eles saíram”, afirmou.
Mustaine relatou ter ficado tão frustrado que questionou se realmente queria passar por outra remontagem do Megadeth. “Você ficaria surpreso se eu lhe dissesse que fiquei bravo? (risos) Fiquei, e minha família teve que lidar com isso, o que foi meio chato”, disse ele, que acabou contando com o guitarrista Kiko Loureiro e o baterista Chris Adler para as gravações do disco seguinte do Megadeth – “Dystopia”, de 2016. Hoje, Dirk Verbeuren ocupa a vaga de Adler, que participou do álbum somente como músico de estúdio.