O vocalista Michael Kiske revelou, em entrevista ao jornalista Masa Itoh, que não gostava muito de “Walls Of Jericho”, o primeiro trabalho do Helloween. O registro foi feito com Kai Hansen nos vocais e o músico abandonou o microfone porque não queria continuar cantando, apenas tocando guitarra. Kiske assumiu a vaga e o resto é história – que, aliás, está se repetindo com a turnê de reunião, “Pumpkins United”.
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“Atualmente, eu gosto de algumas músicas do ‘Walls Of Jericho’. Quando te vejo fazendo o medley, é legal”, disse Michael Kiske a Kai Hansen durante a entrevista. “Mas, naquela época, não era meu tipo de música. Lembro que Markus (Grosskopf, baixista) foi até a sala da minha banda de escola e me deu ‘Walls Of Jericho’. E disse: ‘o vocalista que temos agora não quer mais cantar, quer tocar guitarra, e queremos que você ouça e talvez junte-se à banda’. Ouvi e não era a minha praia”, afirmou.
Em seguida, Kiske destacou por que não gostou de “Walls Of Jericho”. “Para mim, soava como uma música só durante o tempo todo. A mesma música, sempre rápida, rápida. Não é muito justo com o disco. Ouço de forma diferente agora. Mas, na época, eu estava gostando de Maiden, Queensrÿche, Black Sabbath, não as coisas rápidas. Então, não era minha praia. Assim que ele (Michael Weikath) me chamou, eu estava na banheira. Minha mãe me chamou e disse: ‘aqui está um cara chamado Michael Weikath, de uma banda chamada Helloween”, disse.
Após Weikath ter brincado, dizendo que também estava na banheira, Kiske disse que se lembra exatamente do que o guitarrista lhe falou. “Ele disse exatamente isso: ‘É, eu sei que ‘Walls Of Jericho’ é muito agressivo e punk. Queremos ir um pouco além disso e precisamos de alguém como você para isso. Então, por que você não aparece no estúdio de ensaio?’. Lembro disso”, afirmou.