O jornalista Masa Itoh entrevistou o vocalista Michael Kiske e os guitarristas Kai Hansen e Michael Weikath, atualmente juntos em reunião no Helloween, para falar sobre a nova relação entre os músicos e o legado deixado com seus trabalhos anteriores. Juntos, Kiske e Hansen gravaram os dois discos mais icônicos da banda: as partes um e dois de “Keeper Of The Seven Keys”.
Michael Kiske destacou, inicialmente, que há “certo espírito” nos “Keepers”. “Talvez você tenha uma visão diferente, mas a forma que passei por isso foi: éramos destemidos, apenas brincávamos, trabalhávamos com os elementos das bandas que gostávamos, nos divertindo com isso. Acho que o espírito criativo daquela época é capturado no disco de alguma forma e você pode sentir isso. É uma coisa que você não pode produzir artificialmente. Está lá ou não. E, definitivamente, estava lá naquela época”, afirmou.
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Por sua vez, Michael Weikath evitou comparações com os trabalhos feitos posteriormente, com Andi Deris nos vocais. “Isso não é nada contra Deris, porque ele tem sua própria magia, mas é a voz dele (de Kiske) nos ‘Keepers’. Eu ouvi o Unisonic (banda com Kiske e Hansen), o último que fizeram, e há algumas faixas que soam próximo de Helloween. Ouvi o produtor, ele estava estudando o que estávamos fazendo e juntando coisas para criar algo similar. E lá estava. Coloco para tocar e era como: ‘raio de sol divino com coros’. Era a voz dele. Pensei: ‘é isso'”, disse.
Por fim, Kai Hansen destacou o legado do Helloween em termos mundiais. “Eu pensava: ‘é, existe certa mágica nesses álbuns’. Eles se tornaram cult porque eram especiais. Fomos, após o Scorpions e o Accept, a terceira banda a meio que olhar além do horizonte da cena (de rock e metal da Alemanha) e ter criado algo foi algo muito único e bom para a época, comparado com o que estava no entorno”, afirmou.