O baterista Steven Adler voltou a falar sobre sua demissão do Guns N’ Roses, ocorrida em 1990. Em entrevista ao “Mom, It’s Not Devil Music!” (transcrição via Blabbermouth), o músico disse que ficou “de coração partido” e sentiu “vontade de morrer” após o ocorrido.
“Em um dia, você está no topo do mundo e, no dia seguinte, não é ninguém. O filme ‘American Satan’ é o mais próximo que vi da realidade”, afirmou.
Adler comentou que, em sua última sessão de gravação com o Guns N’ Roses, ele estava pensando em abandonar as drogas. “Não sabia que se você parasse com a heroína, ficaria muito doente. O interior de seus ossos começam a doer e você só quer morrer. Liguei para meu empresário e disse que estava doente. Ele me levou ao médico, que me deu um bloqueador de opiáceos. E, bem, você não deve tomar um bloqueador quando se tem opiáceos no seu sistema, ou você fica pior”, afirmou.
O baterista disse que ligou para o médico três dias depois. “Quatro dias depois, Slash me ligou e disse que estavam indo gravar ‘Civil War’. Disse que estava doente e pedi uma semana, mas ele falou: ‘não podemos desperdiçar dinheiro, temos que gravar’. Fui à A&M Records para gravar e estava fraco e doente. Fiz meu melhor, mas tive que tocar 25 vezes. Eles ficaram frustrados e eu disse: ‘estou doente’. E eles diziam: ‘não, não está, você só está f*dido’. Eu dizia que não. E fui chutado da banda”, pontuou.
Steven Adler destacou que, um dia, tinha os empresários, roadies, agentes, contabilistas e todos em seu entorno, que ele pensou que fossem amigos. No entanto, no dia seguinte à demissão, estava sozinho. “Eu pensava que seria um desses rockstars que têm overdose aos 27 e morrem”, disse.
O músico descreveu a década de 1990 como a pior de sua vida. “Assim que fui chutado, tive que assinar um contrato. Tomaram tudo de mim. Não sabia disso. Tive que levá-los à justiça. Eu ia ficar sóbrio, porque estava cansado. Eu poderia ter dito: ‘ok, vou fazer exercícios e ficar sóbrio’. Mas meu coração estava tão partido que eu não pensava nisso. Só pensava em querer morrer”, afirmou.