O tecladista Tony Carey falou, em entrevista ao Good Times Rock, sobre o período em que integrou o Rainbow. Ele fez parte da banda entre os anos de 1975 e 1977, tocando nos álbuns “Rising” (1976) e “On Stage” (1977), além de parte de “Long Live Rock ‘n’ Roll” (1978).
Tony Carey destacou, inicialmente, a diferença entre o vocalista Ronnie James Dio e o guitarrista Ritchie Blackmore. “Vi alguns vídeos de Ronnie no YouTube, onde ele estava bêbado em um ônibus de turnê, e isso não foi tão legal, mas três palavras explicam por que Ronnie Dio é tão legal: ele é americano. Grande diferença. Realmente grande, grande diferença”, disse.
O músico reforçou os elogios a Dio. “Quando entrei na banda, Ronnie era como meu tio. Ele tinha 14 anos a mais do que eu e nunca tivemos problema. Eu o amava, assim como eu amava Wendy, sua empresária e esposa. Ronnie era fabuloso. Ele sempre foi positivo, nunca me deu problemas”, afirmou.
Carey falou, ainda, sobre o trabalho no álbum ao vivo “On Stage”. “Era como o Rainbow soava. Em estúdio, nem tanto. Mas em 1975, 1976, o que estávamos tocando ao vivo era a banda. Tínhamos uma formação muito boa. Tudo o que tocávamos era improviso e nunca tocávamos a mesma coisa duas vezes”, afirmou.
Apesar dos bons tempos com o Rainbow – “nunca discutimos por causa da música, era a parte mais fácil” -, Tony Carey não tem a menor esperança de voltar a tocar com Ritchie Blackmore. “Ele nunca me chamará, nunca. Saí por um motivo: não nos dávamos bem. Ele me demitiu duas vezes, contratou três vezes e, na quarta vez, acabei saindo, porque ficou muito estranho. Ele é uma pessoa muito difícil – ou era, não o vejo há 40 anos. Sou a última pessoa que ele chamaria”, disse.