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O guitarrista Tom Morello (Prophets Of Rage, ex-Rage Against The Machine e Audioslave) falou sobre seus ídolos na música em entrevista à Hard Drive Radio, transcrita pelo Blabbermouth. Ele afirmou que já foi fã de Mötley Crüe e AC/DC, apesar de considerar as letras “misóginas por um lado” e “quase adoradoras do demônio por outro”. Além disso, o músico comentou sobre o posicionamento político de alguns grandes nomes da música.
“Sou fã da música de Ted Nugent e Kid Rock e gosto de ambos como pessoas, os considero amigos. Há pessoas com as quais eu talvez não concorde, mas são pessoas boas, decentes e das quais me orgulho de ter amizade. Não há teste decisivo – e certamente não houve no Rage Against The Machine, nem há no Prophets Of Rage. Você não precisa concordar com a mensagem para curtir. Há lugar para você na plateia”, disse.
Morello conta que, todos os dias, alguém chega a ele e diz que foi atraído por seu som pelo tom agressivo, poderoso e raivoso – normalmente, referem-se ao Rage Against The Machine – e pela exposição de ideias até então desconhecidas por essas pessoas. “Pessoas que se tornam professores universitários, advogados que defendem moradores de rua ou anti-fascistas que atiram tijolos, em parte por algumas ideias que não existem na cultura mainstream e que foram introduzidas graças a uma banda que detonava”, afirmou.
Ao citar que as pessoas podem gostar do som sem concordar com as ideias expressadas, Tom Morello citou os casos de Noam Chomsky, Mötley Crüe e AC/DC. “Amo Noam Chomsky, mas não quero fazer mosh com ele. Você deve gravar discos f*das, fazer shows f*das e parte da plateia pode responder ao conteúdo das letras ou à ideologia da banda. Fui grande fã do Mötley Crüe e AC/DC, e o conteúdo das letras era super misógino por um lado, e uma espécie de quase-adoração-diabólica por outro. E eu não passei a odiar mulheres ou adorar o demônio, embora tenha amado essas bandas”, disse.
As afirmações de Tom Morello foram feitas nos vídeos a seguir (em inglês e sem legendas).