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Líder do Anvil não se arrepende de ter dito “não” ao Motörhead

(Foto: Wikimedia)

Em entrevista ao Music Feeds, o vocalista e guitarrista do Anvil, Steve “Lips” Kudlow, afirmou não se arrepender de ter recusado um convite para entrar no Motörhead no início dos anos 1980 – embora ele admita que gostaria de “ter tentado” o desafio.

A oferta foi feita para que ele entrasse no lugar de “Fast” Eddie Clarke, que deixou o grupo durante uma turnê americana em 1982. Brian Robertson, ex-Thin Lizzy, acabou assumindo o posto.

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Ao falar sobre o assunto, Steve “Lips” disse: “Sem arrependimentos sobre isso, porque teria mudado tudo, tanto para o Motörhead quanto para o Anvil. Desejando isso ou me arrependendo? Não. Só me arrependo que nunca tive a oportunidade de tentar – mas fora isso, não, não posso me arrepender”.

Kudlow destacou que, se tivesse aceitado o convite do Motörhead, o terceiro disco do Anvil, “Forged In Fire”, nunca existiria. “Ele teria se transformado em ‘Another Perfect Day’ e eu não gosto da ideia de ambos os álbuns não existirem”, afirmou.

Embora tenha recusado a vaga, os dois tiveram uma conversa informal em 1983. “Estava sentado de frente à mesa dele, bebendo vodca. Estávamos conversando e eu disse: ‘você é uma lenda, consegue perceber o impacto que teve na indústria musical, no heavy metal e em tudo relacionado?’. E ele me olhou nos olhos e disse: ‘daqui 10 anos, haverá outro cara sentado na mesa de frente à sua, dizendo-lhe exatamente a mesma coisa’. Todos amamos a música um do outro. Somos inspiração para os outros. Não há nada novo ou inovador. Para os músicos, não tem nada a ver com dinheiro – tem a ver com o que você apresenta e que seja capaz de me inspirar”, disse.

As aventuras ruins do Anvil – que talvez poderiam ser evitadas após uma passagem pelo Motörhead – estão documentadas no documentário “The Story Of Anvil”. Apesar disso, Steve “Lips” Kudlow afirma que boa parte das experiências negativas ocorreram graças a uma “sucessão de má sorte”. “São coisas simples e estúpidas que, quando acontecem, você não percebe, porque não tem o olhar subjetivo. Você tem a chance de fazer negócio com dois caras e escolhe o errado. Simples. Não dá para voltar atrás. Não há como mudar isso. Então, algo se relaciona a essa decisão e vira uma sucessão de má sorte”, afirmou.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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