O vocalista Robert Plant disse, em entrevista ao programa de TV “Charlie Rose” (transcrição por Blabbermouth), que o fim do Led Zeppelin foi romantizado demais. O cantor não cita quem tratou o encerramento das atividades da banda dessa forma, entretanto, imagina-se que ele esteja falando sobre a percepção de parte do público e da imprensa.
Inicialmente, Robert Plant foi questionado sobre o 50° aniversário de formação do Led Zeppelin, a ser celebrado em 2018. “É verdade que, em 1968, houve uma colisão de mentes e talentos. E foi assim. Mas isso aconteceu há tempos… há 37 anos, isso chegou ao fim”, afirmou, já tratando de encerrar qualquer conversa sobre uma possível reunião.
Plant também falou sobre o motivo pelo qual o Led Zeppelin não seguiu suas atividades após a morte do baterista John Bonham, em 1980. “Houve muito romance em torno disso, porque não nos afundamos, não durou tempo demais; apenas paramos”, afirmou.
O cantor disse que o fim sob aquela condição era algo já combinado pelos integrantes. “Aquele era o acordo quando nos juntamos no início, que seria daquela forma. Se não pudéssemos seguir, nós quatro, então seria assim. Quando você tem apenas quatro pessoas, é muito difícil começar pensando em substituições permanentes”, pontuou.
Page concorda sobre fim em 1980
Conforme lembrado pelo Blabbermouth, os comentários de Robert Plant, sobre a sequência do Led Zeppelin sem John Bonham, coincidem com a opinião do guitarrista Jimmy Page, de acordo com uma entrevista dada por ele ao “The Daily Beast” em 2015. Na ocasião, ele também reforçou que era impossível seguir sem Bonham.
“O Led Zeppelin era uma força criativa que você não pode simplesmente estalar os dedos e criar. Era uma mistura desses quatro grandes músicos e cada um era importante para a soma total do que era a banda. Gosto de pensar que se fosse eu a não estar mais lá, os outros também tomariam a mesma decisão em não seguir adiante. Além disso, não poderíamos chamar alguém (para a vaga de baterista) e dizer: ‘faça isso, dessa forma?’. Não seria honesto, nem teria a mesma natureza criativa pela qual sempre nos esforçamos”, afirmou Page, na época.