Muita música boa chegou a público antes do primeiro semestre de 2017 se encerrar. Resolvi compilar 15 músicas de rock e metal que gostei de ter escutado nos seis primeiros meses deste ano.
Cabe destacar que se trata de uma lista pessoal, com a ideia de apresentar sons que me agradaram, sem muito critério jornalístico na escolha. E, claro, muitas músicas interessantes ficaram de fora, de Nickelback a Sepultura.
Veja:
Art Of Anarchy – “Echo Of A Scream” (do disco “The Madness”): Scott Stapp deu nova vida ao Art Of Anarchy. Os vocais agressivos dessa música, co-escrita por David Draiman (Disturbed), refletem o que “sangue novo” pode oferecer a uma banda que patinou em sua estreia.
Battle Beast – “King For A Day” (do disco “Bringer Of Pain”): o Battle Beast assumiu uma veia mais ligada ao hard rock nesse disco. “King For A Day”, uma das músicas de trabalho, reflete a nova proposta: apesar da veia mais hard, o som continua melódico e cativante.
Deep Purple – “One Night In Vegas” (do disco “inFinite”): o novo álbum do Deep Purple soa bem planejado, mas, ao mesmo tempo, parece ter surgido de jams. “One Night In Vegas” reflete essa sensação: sua construção é formada por passagens que lembram bons improvisos – aparentemente, capitaneados pelo excelente baterista Ian Paice.
Eclipse – “Never Look Back” (do disco “Monumentum”): mesmo no auge do hard rock oitentista, poucas bandas conseguiram fazer músicas tão cativantes como o Eclipse. A grudenta “Never Look Back” se destaca em meio a um ótimo disco.
Harem Scarem – “Sinking Ship” (do disco “United”): com o brilho do guitarrista Pete Lesperance, “Sinking Ship” mostra que o Harem Scarem está em grande forma no álbum “United”.
Inglorious – “Tell Me Why” (do disco “II”): o hard poderoso do Inglorious ganhou traços da soul e black music. O groove e as melodias de “Tell Me Why” expõem tais influências com excelência.
KXM – “Scatterbrain” (do disco “Scatterbrain”): é difícil um supergrupo ter o mesmo entrosamento que conseguiram Ray Luzier, George Lynch e Doug Pinnick. A faixa que dá nome ao segundo disco do KXM mostra as credenciais do grupo: peso, técnica e quase nenhuma repetição de formatos tradicionais.
Night Ranger – “Day And Night” (do disco “Don’t Let Up”): é raro encontrar uma música do Night Ranger com mais de cinco minutos. Nessa aqui, acertaram na dose: poderia durar o dobro se continuasse cativante como é.
One Desire – “Hurt” (do disco “One Desire”): para quem gosta de hard rock melódico, o One Desire é uma grata surpresa. E o melhor de seu som está sintetizado em “Hurt”: bons refrãos, instrumental bem trabalhado e carisma na voz de André Linman.
Papa Roach – “American Dreams” (do disco “Crooked Teeth”): como fazer uma música de essência nu metal soar interessante em 2017? A receita foi colocada em prática na faixa “American Dreams”, que contém uma boa crítica social em sua letra e um groove bem interessante.
Royal Blood – “Hook, Line & Sinker” (do disco “How Did We Get So Dark?”): ainda que o Royal Blood não tenha repetido o êxito de sua estreia com o álbum “How Did We Get So Dark?”, há diversos momentos de destaque no trabalho – entre eles, a pesada “Hook, Line & Sinker”, que evidencia o entrosamento de Mike Kerr e Ben Thatcher.
Queens Of The Stone Age – “The Way You Used To Do” (do vindouro disco “Villains”): a primeira música de trabalho de “Villains” resgata uma pegada mais direta que não se viu no introspectivo “…Like Clockwork” (2013). A música é irresistível: dê o play e veja seu pé bater no chão de forma involuntária.
Stone Sour – “Hydrograd” (do disco “Hydrograd”): a faixa que dá nome ao novo álbum do Stone Sour alia peso visceral a um senso melódico de se tirar o chapéu. E um dos melhores solos de guitarra da discografia da banda está nessa canção.
Styx – “Gone Gone Gone” (do disco “The Mission”): apesar de curtinha, “Gone Gone Gone” representa bem a teatralidade do álbum mais recente do Styx. O bom gosto melódico e o trabalho vocal merecem todo o destaque.
The Night Flight Orchestra – “Josephine” (do disco “Amber Galactic”): o supergrupo Night Flight Orchestra ganhou identidade com “Amber Galactic”. E a conquista foi obtida graças a músicas como a climática “Josephine”, que sai do lugar comum do hard rock e mistura influências que vão do AOR ao R&B.