Michael Jackson é o Rei do Pop. Mesmo anos após sua morte, ele segue, incontestavelmente, com esse título.
Apesar disso, Michael Jackson trabalhou, durante sua carreira, com dezenas de músicos ligados ao rock. Na lista abaixo, foram compilados 10 nomes de destaque no rock que tocaram com o Rei do Pop.
Steve Lukather
Em paralelo ao seu trabalho como guitarrista do Toto, Steve Lukather é um dos músicos de estúdio mais prolíficos do showbizz. Entre os artistas que obtiveram um pouco de seu trabalho, esteve Michael Jackson, com quem Lukather trabalhou em dois discos: “Thriller” (1982) e “HIStory” (1995).
No primeiro álbum citado, Steve Lukather gravou guitarras de “The Girl Is Mine”, “Beat It” (cujo solo é de Eddie Van Halen) e “Human Nature”, além do baixo de “Beat It”. No segundo, ele registrou guitarra e baixo de algumas faixas que não são especificadas nos créditos presentes no encarte.
Paul McCartney
Um músico tão lendário quanto o próprio Michael Jackson, Paul McCartney também registrou algumas parcerias com Michael Jackson. A primeira contribuição foi autoral: McCartney compôs “Girlfriend”, presente em “Off The Wall” (1979), primeiro disco da “fase adulta” do Rei do Pop.
Depois, Michael Jackson e Paul McCartney gravaram um dueto em “The Girl Is Mine”, presente em “Thriller” (1982). Jackson retribuiu a camaradagem ao participar de “Say, Say, Say”, música lançada no disco “Pipes Of Peace” (1983), de McCartney. A amizade entre os astros não durou muito: em 1984, o Rei do Pop comprou todo o catálogo do selo fonográfico Northern Song, o que fez com que ele se tornasse dono dos direitos autorais das músicas creditadas a Paul e John Lennon nos tempos de Beatles – ou seja, a enorme maioria. Macca queria fazer a compra, mas o King Pop fez uma proposta financeira bem maior.
Apesar do desentendimento no campo de direitos autorais, Paul McCartney referia-se, publicamente, a Michael Jackson como um “garoto talentoso e de alma gentil”.
Jeff e Steve Porcaro
Assim como Steve Lukather, os irmãos Jeff e Steve Porcaro, que escreveram seus nomes na história com o Toto, também eram músicos de estúdio bastante produtivos. Entre as gravações da dupla, estão participações em três discos de Michael Jackson: “Thriller” (1982), “Dangerous” (1991) e “HIStory” (1995).
Veja, abaixo, o que cada músico fez em cada disco de Michael Jackson.
Jeff Porcaro:
– Em “Thriller”: bateria em “The Girl Is Mine”, “Beat It”, “Human Nature” e “The Lady In My Life”.
– Em “Dangerous”: bateria em “Heal The World”.
– Em “HIStory”: bateria em faixas que não foram descritas nos créditos.
Steve Porcaro:
– Em “Thriller”: sintetizadores em “Beat It”, “Human Nature” e “The Lady In My Life”; programação de sintetizadores em “Baby Be Mine”, “The Girl Is Mine”, “Beat It” e “Human Nature”.
– Em “Dangerous”: sintetizadores em “Heal The World” e “Gone Too Soon”, teclados e programação em “Who Is It”.
– Em “HIStory”: teclados, orquestração, programação e sintetizadores em faixas que não foram descritas nos créditos.
Eddie Van Halen
Uma das colaborações mais lendárias da história da música é a de Eddie Van Halen em “Beat It” – especialmente devido à história que a envolve.
Eddie Van Halen foi convidado a participar da música, que se tornaria um clássico, após um convite do produtor Quincy Jones. Ele devia um favor a Quincy, então, aceitou gravar o solo sem cobrar um centavo sequer. Ele destilou as notas que compõem o solo de “Beat It” em menos de 30 minutos, sem muitos ensaios ou elaborações. Dentro desse prazo, também fez alguns arranjos presentes ao longo da canção.
O guitarrista pensava que a participação seria bem-recebida pelos seus colegas de banda, o Van Halen – até então, Michael Jackson não era tão conhecido. Eddie relatou em entrevista à CNN: “Disse a mim mesmo, ‘quem vai saber que eu toquei no disco desse garoto, certo?'”. Eddie errou feio: “Thriller” tornou-se, já em 1983, o disco mais vendido da história da música, posto que ostenta até os dias de hoje. Os demais músicos do Van Halen odiaram saber que o músico estava se envolvendo em “projetos paralelos”.
“Certas pessoas na banda não gostavam que eu tivesse atividades paralelas à banda naquela época. Entretanto, (o vocalista David Lee) Roth estava na Amazônia ou algo assim, Mike (Anthony, baixista) estava na Disneylândia, Al (Alex Van Halen, baterista) estava no Canadá e eu estava em casa, sozinho. Pensei mesmo que ninguém ficaria sabendo”, afirmou Eddie à CNN.
Steve Stevens
A participação do guitarrista Steve Stevens em “Dirty Diana”, música de “Bad” (1987), também é histórica. Stevens, que já tocava com Billy Idol na época, foi uma recomendação do produtor Ted Templeman a Quincy Jones. Os envolvidos não queriam repetir o convite a Eddie Van Halen, então, toparam chamar Steve Stevens.
Em entrevistas posteriores, Steve Stevens disse que foi convidado por Quincy Jones pelo telefone e pensou que era trote. “Pensei que era alguém tirando uma comigo. Desliguei na cara e o telefone tocou de novo, então, ele disse: ‘não desligue, isso é real'”, conta Stevens.
O guitarrista revelou, ainda, que a versão original de “Dirty Diana”, tocada por ele em estúdio, tinha mais de sete minutos de duração. A edição final a deixou com quatro minutos e 42 segundos.
Slash
Ao todo, Slash fez duas contribuições a músicas de Michael Jackson. Uma delas está no disco “Dangerous” (1991): “Give In To Me”. Em entrevistas, o guitarrista do Guns N’ Roses nega que tenha tocado na introdução de “Black Or White”, diferente do que muitos dizem. “Não toquei naquela música. O som é feliz demais, não soa como eu, mas, de alguma forma, fiquei rotulado como o cara que tocou aquela passagem”, afirmou, em 2010.
A outra colaboração feita por Slash está no último disco lançado por Michael Jackson em vida: “Invincible”. Ele toca em “Privacy”, 11ª música do álbum, que traz reflexões pessoais do Rei do Pop sobre a invasão de privacidade que a mídia faz com pessoas famosas.
Trevor Rabin
Assim como os músicos do Toto, o guitarrista Trevor Rabin mantinha uma carreira paralela como músico de estúdio. Entre os artistas com os quais ele trabalhou, está Michael Jackson.
Contudo, não se sabe, exatamente, qual(is) música(s) de Michael Jackson contam com a participação de Trevor Rabin. Sabe-se, apenas, que ele tocou no disco “HIStory” (1995).
Freddie Mercury
No ano de 1983, Freddie Mercury e Michael Jackson passaram cerca de seis horas em um estúdio. Eles registraram três músicas: “There Must Be More To Life Than This”, “State Of Shock” e “Victory”.
Entretanto, as faixas não foram lançadas na época porque Michael Jackson e Freddie Mercury tiveram uma briga por um motivo inusitado: o Rei do Pop entrou com uma lhama dentro do estúdio em outra ocasião na qual gravariam juntos. Mercury faleceu em 1991 e Jackson, em 2009.
Em 2014, o guitarrista Brian May, do Queen, anunciou que lançaria as canções de forma oficial. Apenas uma delas, “There Must Be More To Life Than This”, foi divulgada formalmente: está presente no álbum “Queen Forever”. As demais são compartilhadas de forma não-oficial.
Mick Jagger
“State Of Shock”, gravada inicialmente com Freddie Mercury, foi registrada por Michael Jackson ao lado de Mick Jagger. A faixa está presente em “Victory” (1984), último álbum do The Jacksons (antigo The Jacksons 5) com Michael.
Em uma entrevista recente, o engenheiro de som de “Victory”, Bruce Swedian, conta que Michael Jackson disse para Mick Jagger fazer um aquecimento vocal antes de começar a gravar. Ainda que soasse bizarro dar qualquer tipo de orientação a Mick Jagger, o vocalista dos Rolling Stones aceitou o “toque” sem pestanejar. Isso, segundo Swedian, mostrou o respeito que Jagger tinha por Jackson.
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Ótimo levantamento, só faltou citar Dean Parks, que toca aquele riff de guitarra em Billy Jean.