A modelo e fashionista Paris Jackson falou, pela primeira vez à imprensa, sobre a morte de seu pai, Michael Jackson, ocorrida em 2009. Ela concedeu uma reveladora entrevista à edição de fevereiro da revista Rolling Stone.
Questionada sobre a morte de Michael, Paris disse que até hoje não conseguiu se recuperar por completo. “Dizem que o tempo cura, mas isso não é verdade. Acho que a gente só consegue se acostumar com a falta da pessoa. Vivo pensando: ok, perdi a coisa mais importante da minha vida. Tento seguir em frente… Sinto que ele está comigo o tempo todo”, afirmou.
Ela disse acreditar que o seu pai foi assassinado. “É óbvio. Ele vivia dando pistas de que estava sendo perseguido. Soa como teoria da conspiração e besteira, mas fãs antigos e todos da família acham que foi uma armadilha”, disse. Ela não especifica quem queria matar Michael Jackson e limita-se a dizer: “um monte de gente”.
Ainda sobre o pai, Paris disse guardar uma grande mágoa sobre as acusações de que ele era pedófilo. “Imagine seu pai chorando porque o mundo odeia ele por algo que ele não fez. Isso é horrível. Comecei a odiar o mundo por causa do que eles estavam fazendo para ele (Michael). Como as pessoas podiam ser tão malvadas?”, questiona.
Dilemas pessoais
Paris Jackson disse, também, que foi abusada sexualmente por um estranho quando tinha 14 anos. “Não quero dar muitos detalhes. Mas não foi uma boa experiência e foi muito difícil para mim. Na época não contei a ninguém”, afirmou.
Ela tentou se matar em 2013 – mesma época em que foi estuprada – e cobriu as cicatrizes de automutilação com tatuagens. “Eu me odiava, tinha baixa autoestima e achava que não fazia nada certo. Achava que não valia a pena continuar vivendo”, disse. Ela afirmou, ainda, que seus problemas de autoestima e depressão “somem” quando ela está desfilando como modelo.
Hoje, com 18 anos, ela se diz mais resolvida com si própria. A modelo afirma, ainda, que se considera negra. “Eu me considero uma pessoa negra. Meu pai me olhava nos olhos, apontava o dedo para mim e dizia: ‘você é negra, seja orgulhosa de suas raízes’. Então, acreditei no que ele me disse porque ele nunca mentiu para mim”, afirmou.