Que Freddie Mercury está em um patamar muito alto de cantores da música contemporânea, nós já sabemos. A novidade é que, agora, a ciência reconheceu oficialmente o frontman do Queen.
Um estudo conduzido pelo Doutor Christian Herbst (Universidade de Viena), com cientistas da Áustria, Suécia e República Tcheca, relatou, tecnicamente, como funcionavam as cordas vocais de Freddie Mercury. Descobriu-se, de início, algo que já era contestado por outros especialistas: a voz de Mercury era de barítono, não de tenor. Um fato que não deixa de ser impressionante, já que o eterno vocalista do Queen tinha todos os atributos para se impor como um tenor.
Em outra etapa, ao filmarem um dinamarquês imitando Freddie Mercury, os pesquisadores descobriram que as pregas ventriculares de Mercury vibravam junto com as pregas vocais, algo que a maioria dos seres humanos não conseguiria executar. As cordas vocais do cantor falecido em 1991 vibravam mais rápido do que a de outras pessoas – chegavam a 7.04 Hz, enquanto o comum está entre 5.4 e 6.9.
Constatou-se, ainda, que o vibrato de Freddie Mercury era mais intenso que o de Luciano Pavarotti, cantor de ópera tido por muitos como o dono de uma das vozes mais fortes da música como um todo. Os pesquisadores descreveram a voz de Mercury como “a força da natureza com a velocidade de um furacão”.