W.A.S.P.: 30 anos do primeiro disco, autointitulado

W.A.S.P.: “W.A.S.P.”
Lançado em 17 de agosto de 1984

- Advertisement -
Apesar de ter sido formado oficialmente em 1982, o W.A.S.P. tem origens datadas em 1976, quando Blackie Lawless, recém-saído de uma curta passagem no New York Dolls, uniu forças com Randy Piper para formar o Sister, que também contou com o lendário Nikki Sixx (Mötley Crüe). O grupo, conhecido por ser um dos primeiros a utilizar pentagramas e símbolos ocultistas de forma mais explícita, não fez sucesso por conta da cena da época, já que o hard rock e o heavy metal ganharam nos anos 1980.
Após alguns outros projetos que falharam, Blackie Lawless e Randy Piper novamente se juntaram para formar uma banda. Em 1982, nasceu o W.A.S.P., com a dupla Rik Fox (baixo) e Tony Richards (bateria) completando a formação. Rik saiu pouco tempo depois e Blackie assumiu o baixo, enquanto outro guitarrista, Chris Holmes, foi convocado.
Com uma line-up formada, o grupo gravou, em 1983, o single “Animal (F**k Like A Beast)”. Tanto as canções (principalmente a faixa título) quanto a capa foram recheadas de controvérsia e polêmica, fazendo com que o single fosse rejeitado pela Capitol Records – mas apesar da rejeição, a música atraiu a atenção da gravadora para a composição de um disco full-length. E os caras não fizeram feio: o debut, autointutulado, permanece como um clássico do hard n’ heavy. O reconhecimento veio, de forma moderada: 74° lugar nas paradas norte-americanas e uma boa repercussão do single “I Wanna Be Somebody”, que atingiu o top 30 nos charts da Nova Zelândia (!!).
Apesar da invasão NWOBHM, o heavy metal não era muito forte nos Estados Unidos, que tinha mais grupos de hard rock. No Reino Unido, o cenário era diferente, pois Judas Priest, Saxon, Motörhead e Iron Maiden eram de lá. O W.A.S.P. fez som pesado de deixar qualquer britânico de queixo caíxo e, ao meu ver, a partir desse álbum, o metal propriamente dito ganhou força nos Estados Unidos. Neste clássico, as guitarras são pesadas, a cozinha é consistente e veloz, as letras não tem o menor pudor e os vocais de Lawless, sanguinários e potentes, dão uma sonoridade única à sonzeira de primeira qualidade.
O W.A.S.P. se originalizou mais ainda com a performance ao vivo do grupo, excêntrica e teatral, com direito a ratos soltos no palco, carne crua atirada na plateia, mulheres seminuas “torturadas”, maquiagem e visual aterrorizantes e muito mais dos ensinamentos da escolinha de Alice Cooper e companhia.
Os destaques, além para o single e clássico “I Wanna Be Somebody”, vão para as pesadas “The Flame” e “Tormentor”, a matadora e grudenta “L.O.V.E. Machine”, a sanguinária “Animal (F**k Like A Beast)” – que integrou a versão remasterizada de 1997 -, a berrada “Hellion” e a balada dark “Sleeping (In The Fire)”. Mais um play indispensável na coleção, com direito a etiqueta de conteúdo obsceno e muito hard n’ heavy.

Blackie Lawless (vocal, baixo)
Chris Holmes (guitarra)
Randy Piper (guitarra)
Tony Richards (bateria)

01. Animal (F**k Like A Beast)
02. I Wanna Be Somebody
03. L.O.V.E. Machine
04. The Flame
05. B.A.D.
06. School Daze
07. Hellion
08. Sleeping (In The Fire)
09. On Your Knees
10. Tormentor
11. The Torture Never Stops
12. Show No Mercy
13. Paint It, Black (The Rolling Stones cover)

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioResenhasW.A.S.P.: 30 anos do primeiro disco, autointitulado
Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades