A Höfner, fabricante do baixo consagrado por Paul McCartney, entrou com um pedido de falência. Fundada em 1887 na cidade austro-húngara de Schönbach — hoje Luby, na República Tcheca —, a marca tornou-se referência no instrumento, especialmente por sua associação com o eterno Beatle.
Segundo informações apresentadas em documento no tribunal alemão, foi decretada a “administração provisória de insolvência” a partir do dia 10 de dezembro. Ou seja, a empresa não é capaz de arcar com suas obrigações financeiras no momento (via Guitar.com).
Um administrador judicial foi nomeado para supervisionar a situação e tentar regularizar as dívidas ao longo dos próximos três meses, período em que será avaliada a possibilidade de reestruturação. Não há outros detalhes divulgados.
Até o momento, a Höfner não emitiu nenhum pronunciamento oficial a respeito do caso.
Sobre a Höfner
Como mencionado, Karl Höfner fundou a Höfner em 1887, na então cidade austro-húngara de Schönbach — hoje Luby, na República Tcheca. Nas décadas seguintes, a empresa cresceu e virou uma das principais fornecedoras de instrumentos de cordas da região, até reduzir suas atividades durante a Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, retomar a expansão com a abertura de novas fábricas.
Em 1994, a Höfner foi adquirida pelo grupo Boosey & Hawkes, dando início a uma nova fase de crescimento. Já em 2004, a marca foi vendida ao então gerente-geral de longa data, Klaus Schöller, e à sua esposa, a diretora financeira Ulrike Schrimpff.
Apesar de ter produzido uma variedade de instrumentos ao longo de sua história, o baixo associado a Paul McCartney segue como o maior destaque. Segundo o site oficial da companhia, o músico passou a tocar o Höfner Violin Bass em 1961, após adquirir o instrumento enquanto se apresentava com os Beatles no Top Ten Club, em Hamburgo, na Alemanha.
Macca até já usou outros modelos, mas acabou voltando para a Höfner. À Guitar Player, o artista explicou o motivo:
“Eu estava vendo o filme ‘Let It Be’, dos Beatles, com a banda no telhado tocando ‘Get Back’, e percebi que pelo jeito que eu segurava o Höfner não estava lidando com algo grande e pesado. Os baixos Wal são consideravelmente mais pesados. E os Rickenbacker ficam no meio do caminho. Então, quando vi essas imagens, reparei em como parecia fácil tocá-lo. E, por ser tão leve, você acaba tocando coisas mais ‘guitarísticas’, linhas mais rápidas. Tudo flui de forma mais natural do que quando se está com um baixo fisicamente pesado. Foi assim que voltei a usá-lo.”
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