Ao explicar as músicas do Kiss, Paul Stanley afirmou que a banda “não faz arte intelectual” e, sim, “emocional”. O vocalista e guitarrista diz ter aplicado uma lógica em “Rock and Roll All Nite” que serviu para basicamente o catálogo do grupo como um todo: “celebrar a vida e aproveitá-la ao máximo”. Ainda assim, o músico reconhece que há canções que não envelheceram bem com o tempo.
Durante sessão de perguntas e respostas no evento Kiss Kruise: Land-Locked in Las Vegas no último fim de semana, o Starchild mencionou “Take Me”, canção tocada ao vivo durante a convenção, como um claro exemplo de imaturidade. A faixa integra o quinto álbum de estúdio, “Rock and Roll Over” (1976).
Conforme transcrição do Ultimate Classic Rock, ele citou:
“É muito engraçado, porque algumas das nossas músicas já não são mais exatamente apropriadas para a nossa idade. Eu não consigo me imaginar compondo hoje uma música [com uma letra como] ‘Put your hand in my pocket, grab onto my rocket’ [em português, ‘coloque a mão no meu bolso, agarre meu foguete’]. É um lugar divertido de revisitar, mas não é onde eu gostaria de permanecer.”
Brincando com o tema, o vocalista e baixista Gene Simmons — que também participava do momento — cantou em seguida outro trecho de duplo sentido da discografia, desta vez de “Burn Bitch Burn”: “I’m gonna put my log in your fireplace” (em português, “vou colocar meu tronco na sua lareira”).
Impressionado, o baterista Eric Singer declarou: “Gene, você é como um Sócrates moderno”. A resposta de Simmons: “Não me importo. Eu me amo”.
Outras letras criticadas por Paul Stanley
Para Stanley, os sinais de infantilidade também apareceram em outras músicas. Na autobiografia “Uma vida sem máscaras”, o artista descreveu “Let’s Put the X in Sex” e “(You Make Me) Rock Hard” como “terríveis”:
“Para início de conversa, as canções eram horríveis. ‘Rock Hard’ foi composta por mim, Desmond Child e Diane Warren, um caso em que três grandes mentes se saíram terrivelmente mal. ‘X in Sex’ não era muito melhor.”
Novos projetos do Kiss
No dia 2 de dezembro de 2023, durante o seu último show, o Kiss anunciou que a história da marca será prosseguida através de avatares. As representações virtuais de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) assumirão a linha de frente em espetáculos que devem estrear em 2027.
A “New Era” do Kiss contempla outras iniciativas um pouco mais convencionais — e, em maioria, já conhecidas do público. A banda dará sequência a seu museu em Las Vegas, inaugurado em 2022, bem como ao cruzeiro Kiss Kruise. Além disso, a cinebiografia “Shout it Out Loud” segue em produção.
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