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Cradle of Filth é processado por 6 ex-integrantes

Zoë Marie Federoff e Marek “Ashok” Smerda, que deixaram a banda em agosto, movem ação com outros músicos alegando difamação, royalties não pagos e mais

O Cradle of Filth passou recentemente por duas baixas na formação. Em agosto, a tecladista e cantora Zoë Marie Federoff e o guitarrista Marek “Ashok” Smerda, casados desde janeiro deste ano, deixaram a banda sob alegações de baixos pagamentos e ambiente “tóxico e ameaçador” em turnê.

Em última nota publicada em setembro, Ashok deixou claro que seria “o fim das declarações públicas”, mas que, “com o tempo, tudo virá à tona”. Agora, ambos os artistas estão processando o grupo e o líder Dani Filth ao lado de outros ex-integrantes. 

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Segundo o The PRP, também fazem parte da ação movida no último dia 20 de novembro os ex-guitarristas Paul Allender (membro de 1992 a 1995 e 1999 até 2014) e Richard Shaw (2014 a 2022), a ex-tecladista e vocalista Lindsay Matheson (2013 a 2020) e a modelo profissional Sasha Baxter, que apareceu nos videoclipes de “To Live Deliciously” e “Malignant Perception”.

Zoë Marie Federoff (Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox)

Juntos, os músicos alegam violação de direitos autorais, apropriação indevida de imagens em mercadorias, difamação, valores não pagos por shows ao vivo e álbuns antigos, entre outros tópicos. Eles garantem que “nunca assinaram nenhum acordo permitindo que a banda ou suas empresas usassem seus nomes e imagens e, como resultado, não foram devidamente compensados”

Smerda, Shaw e Matheson afirmam que não receberam o que deviam pelas gravações que fizeram entre 2017 e 2023 com o grupo. Por sua vez, Baxter destaca o mesmo acerca dos vídeos e do merchandising que, segundo ela, foi vendido usando sua imagem sem autorização. Federoff e Smerda ainda dizem não terem sido compensados pelas últimas apresentações ao vivo com a banda.

Marek “Ashok” Smerda (Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox)

Outro ponto é conjunto de símbolos que Matheson criou em 2014 no Cradle of Filth e para os quais não concedeu autorização de uso, além da suposta destruição de um microfone pertencente a Federoff e da falta de devolução de seus fones de retorno in-ear. Mais denúncias incluem a recusa em fornecer acesso à contabilidade e aos contratos de licenciamento relacionados a merch e gravações, assim como a não prestação de contas sobre meet and greets.

Por isso, os envolvidos querem que o Cradle of Filth seja responsabilizado, interrompendo a venda e destruindo todo o estoque restante dos produtos mencionados. Ainda, exigem que Dani substitua os equipamentos de áudio quebrados ou perdidos e pedem indenização por danos morais e materiais.

O que Dani Filth tem dito

Até o momento, Dani Filth não realizou nenhum pronunciamento sobre o processo. Todavia, desde que a confusão começou em agosto, o líder compartilhou diferentes notas a respeito das queixas.

Numa longa carta publicada no dia 29 de agosto, o artista elogiou a sua equipe de empresários e questionou a forma como Zoë Marie Federoff aproveitou a situação para, em suas palavras, difamar o grupo. Porém, em outra postagem de setembro, o cantor suavizou o tom. Além disso, comunicou o público que a sua mãe está com um câncer não especificado em estágio avançado.

Na publicação, o frontman pediu desculpas por ter exposto no último texto fatos pessoais que não deveriam ter sido divididos abertamente – provavelmente, os problemas dos ex-colegas com bebidas e discussões matrimoniais. Por outro lado, manteve a posição de que as queixas do casal são “falsas e prejudiciais” e contou a respeito da difícil situação familiar vivida nos bastidores, que teria sido agravada com todo o conflito. 

Diz o relato:

“Depois de um longo dia de reflexão na estrada, quero fazer uma declaração final sobre os acontecimentos recentes. Primeiro, reconheço que, na minha última mensagem, deixei que o cansaço e a frustração me levassem a compartilhar mais detalhes pessoais do que provavelmente seria necessário. Por isso, peço desculpas. A veracidade do meu relato permanece, mas, por respeito a todos os envolvidos, não comentarei mais questões pessoais em público.

O que preciso abordar, no entanto, são as acusações de ‘roubo’ e ‘exploração’ feitas contra mim, a banda e nossa equipe de gestão. Essas alegações são falsas e prejudiciais. Mantemos registros claros que provam o contrário, e qualquer disputa será tratada da forma adequada, não por meio de um julgamento nas redes sociais.

Também quero falar de algo mais pessoal. Como Zoë e Ashok sabem muito bem, minha mãe está atualmente enfrentando um câncer em estágio 4, uma luta que exige toda a sua força. Ela viu a onda de ataques online direcionados a mim e isso só aumentou seu sofrimento. Independentemente do que mais seja dito, espero que possamos concordar que arrastar famílias para esse turbilhão é uma crueldade que nenhum de nós deveria desejar ao outro.

Para Zoe e Ashok: apesar de tudo, desejo-lhes o bem. Compartilhamos ótimos momentos juntos e sempre serei grato por essas memórias. Mas não permitirei que calúnias infundadas definam esta banda ou diminuam o trabalho que dedicamos a ela.

O show deve continuar e falo sério. Nosso foco continua sendo entregar os próximos shows com a paixão que nossos fãs merecem e construir uma base mais forte e clara para todos os nossos músicos daqui para frente.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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