Tom Morello atuou como o diretor musical do Back to the Beginning. O guitarrista do Rage Against the Machine foi o responsável pela curadoria do lineup, pela organização dos setlists e pelo contato com vários dos artistas que tocaram nas despedidas do Black Sabbath e de Ozzy Osbourne, realizada no último dia 5 de julho, no Villa Park, em Birmingham, na Inglaterra.
O convite para o posto veio diretamente de Sharon Osbourne, esposa e empresária do saudoso Príncipe das Trevas, há mais de um ano. Durante todo o tempo de preparação para o festival, o músico confessou que lidou com um grande desafio: honrar a história do heavy metal da melhor maneira possível.
Em entrevista ao programa Whiplash (via Ultimate Guitar), o artista explicou o peso da tarefa:
“Eu diria que o maior desafio foi simplesmente fazer jus à despedida. O heavy metal foi o estilo que me fez amar a música e o Black Sabbath inventou o heavy metal. Então, quando fui convidado por Ozzy e Sharon para ser o diretor musical, levei a tarefa muito, muito a sério e usei todo o meu amor pelo gênero e minhas habilidades de curadoria para tentar criar algo que fosse… O objetivo era muito, muito simples desde o início: fazer desse o maior e mais importante dia da história do heavy metal. Pelo que dizem, conseguimos nos sair bem.”
O próprio teve a oportunidade de conversar a respeito do objetivo com o Príncipe das Trevas, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward. Ele relembrou:
“Eu pude dizer isso a eles e realmente dar o meu melhor e, ao longo de mais de um ano, dar o meu máximo para tentar fazer desse show um dia importante para eles em sua cidade natal, mas também um dia importante para todas as bandas e todos os fãs que foram tocados por sua música ao longo de mais de 50 anos.”
Tom Morello e o Back to the Beginning
Ainda em fevereiro, Sharon Osbourne concedeu uma entrevista à NME sobre a presença de Tom Morello como diretor do festival. No bate-papo, a esposa e empresária de Ozzy não poupou elogios ao artista. Ela disse:
“Ele tem tanto conhecimento de todos os diferentes gêneros musicais, mas especificamente do Sabbath. Ele realmente é apaixonado por tudo o que ele faz e é um cara ótimo. Ele se voluntariou e as coisas que ele tem administrado para juntar tudo têm sido incríveis. Ele vai tomar conta de todas as bandas diferentes que vão tocar juntas e arranjar quem toca qual música. É uma grande responsabilidade e ele consegue dar conta de tudo.”
Já ao programa The Strombo Show, o guitarrista do Rage Against the Machine contou que, ao receber a função, não enfrentou problemas quanto à montagem da programação, já que os artistas facilmente compraram a ideia:
“O objetivo era simples: fazer desse o maior dia da história do heavy metal. E, para isso, quando você liga dizendo ‘o Black Sabbath e o Ozzy Osbourne querem que você toque no último show deles’, as pessoas ficam interessadas. Então, primeiro eu garanti o Metallica, depois o Tool e assim foi indo. Os artistas também começaram a me ligar. O Guns N’ Roses, por exemplo, falou: ‘você ainda não chamou a gente.’ E eu disse: ‘pelo amor de Deus, a gente adoraria ter vocês’.”
Como foi o lineup do festival?
O evento contou com inúmeras apresentações de outros ícones da cena. Guns N’ Roses, Metallica, Slayer, Tool, Pantera, Gojira, Alice in Chains, Halestorm, Lamb of God, Anthrax, Mastodon e Rival Sons estiveram entre as atrações, além de convidados adicionais como Steven Tyler (Aerosmith), Ron Wood (Rolling Stones), Billy Corgan (Smashing Pumpkins), David Draiman (Disturbed), Lzzy Hale, Jake E. Lee, Yungblud, Jonathan Davis (Korn), Nuno Bettencourt (Extreme), Chad Smith (Red Hot Chili Peppers), Travis Barker (Blink-182), Vernon Reid (Living Colour), K.K. Downing, Mike Bordin (Faith No More), Papa V Perpetua (Ghost), Rudy Sarzo, Sammy Hagar, Slash, Sleep Token II (Sleep Token) e Tom Morello.
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