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Green Day faz show mais direto, mas ainda potente no The Town

Banda americana evitou interações e “improvisos ensaiados” oferecidos no Rock in Rio 2022 e se concentrou em desfilar coleção de hits — o que também agradou

Uma das atrações mais comentadas do Rock in Rio 2022, o Green Day voltou ao Brasil agora para se apresentar no festival irmão The Town, no domingo (7), única das cinco datas do evento com foco no rock. Novamente como atração principal, o trio americano fundado em 1987 promoveu uma espécie de encontro de gerações, com fãs de todas as idades e famílias completas reunidas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

O público fica elétrico antes mesmo de a performance começar, pois as caixas de som tocam “Bohemian Rhapsody” (Queen) e “Blitzkrieg Bop” (Ramones), esta com um homem fantasiado de coelho em cima do palco. A partir daí, como esperado, o repertório passeia pelos maiores clássicos de Billie Joe Armstrong (voz e guitarra), Mike Dirnt (baixo) e Tré Cool (bateria), com foco nos álbuns “Dookie” (1994) e “American Idiot” (2004).

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Foto: Leca Suzuki @lecasuzukiphoto para Rolling Stone Brasil

Houve espaço ainda para três faixas de “Saviors” (2024), disco mais recente. Em relação ao set de outras cidades da América do Sul, visitadas nos dias anteriores, algumas canções acabaram cortadas para que o show ficasse com o tempo de uma hora e 40 minutos.

Billie Joe Armstrong, carismático e inquieto, soube transformar o palco em uma extensão da plateia. Mesmo com o modelo de show mais enxuto, esteve sempre em diálogo com os fãs, a exemplo do momento em que traz uma felizarda fã ao palco para cantar junto em “Know Your Enemy” ou promove competições de urros dos lados da pista. Também houve passagens reflexivas, como um discurso sobre “esta noite não ser sobre política e sim uma celebração” em meio a “Letterbomb” e a breve mudança na letra de “American Idiot”, em crítica ao atual presidente americano, Donald Trump.

Foto: Leca Suzuki @lecasuzukiphoto para Rolling Stone Brasil

Musicalmente, não há decepções. O peso da já citada “American Idiot”, a intensidade da ópera-punk “Jesus of Suburbia” e a melancolia de “Wake Me Up When September Ends” se misturaram à catarse coletiva em faixas como “Holiday”, “Basket Case” e “21 Guns”. No âmbito visual, o espetáculo oferece muita pirotecnia, efeitos de luzes e telões que abordam a estética própria do grupo, fundindo elementos de pop punk, emo e classic rock não apenas em som, mas em artes e comportamentos de palco.

Foto: Leca Suzuki @lecasuzukiphoto para Rolling Stone Brasil

No comparativo com o show histórico de 2022, o Green Day visto no The Town promoveu menos interações e fugiu pouco de seu roteiro. Ainda assim, ofereceu tudo o que se esperava dele, a ponto de reunir dezenas de milhares de vozes em uníssono, independentemente da geração. Potente e, por que não, emocionante.

Foto: Leca Suzuki @lecasuzukiphoto para Rolling Stone Brasil

Repertório — Green Day no The Town 2025:

  1. American Idiot
  2. Holiday
  3. Know Your Enemy (com fã no palco)
  4. Boulevard of Broken Dreams
  5. One Eyed Bastard
  6. Longview
  7. Welcome to Paradise
  8. Hitchin’ a Ride (precedida por trecho de Iron Man, do Black Sabbath)
  9. Brain Stew
  10. St. Jimmy
  11. Dilemma
  12. 21 Guns
  13. Minority
  14. Basket Case
  15. When I Come Around
  16. Letterbomb
  17. Wake Me Up When September Ends
  18. Jesus of Suburbia
  19. Bobby Sox
  20. Good Riddance (Time of Your Life)

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Jéssica Mello
Jéssica Mello
Brasiliense vivendo em São Paulo há 4 anos, acumulando momentos e vários shows na bagagem.

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