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Daron Malakian critica violência política e é detonado ao dizer que é de “extremo centro”

Guitarrista do System of a Down gerou polêmica ao se manifestar após morte do ativista de extrema direita Charlie Kirk na última quarta (10)

Ativista americano de extrema direita e aliado do presidente republicano Donald Trump, Charlie Kirk morreu na última quarta-feira (10) após ser baleado no pescoço durante um evento em Utah, nos Estados Unidos. Desde então, o episódio tem gerado debates nas redes sociais.

Daron Malakian, guitarrista e vocalista do System of a Down, resolveu publicar, ainda que indiretamente, um pronunciamento a respeito. Numa postagem, o músico criticou a violência política e descreveu-se como de “extremo centro”.

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Apesar de sua banda tratar de questões progressistas, o artista revelou não fazer parte de nenhum espectro político. Ele escreveu:

“F#d@-se a violência política! Eu não faço parte nem da extrema direita nem da extrema esquerda. Eu faço parte do extremo centro! [Emoji de dedo do meio] é o nosso símbolo.”

Na seção de comentários, Daron ainda continuou defendendo o posicionamento:

“A maioria de vocês que escolhe um lado vai se esconder como um bando de covardes se a coisa realmente explodir. Essa é a verdade. Continuem deixando a mídia dividir vocês. Eles vão acabar matando todos vocês. Só lembrem que o tio Daron avisou. Aí já será tarde demais. Extremo centro não significa que você não tem crenças e fica só assistindo, em cima do muro. Significa que você não faz parte de um time ou de um grupo de rebanho. Você pensa por si mesmo, sem pensamento coletivo.”

A atitude gerou controvérsia. Muitos seguidores do músico lembraram que as letras do System of a Down expressam um pensamento diferente. O trecho de composição mais citado foi “We can’t afford to be neutral on a moving train” (“Não podemos nos dar ao luxo de sermos neutros em um trem em movimento”), de “Deer Dance”.

Uma fã, por exemplo, mostrou descontentamento com a declaração da seguinte forma:

“Cara, eu te amo, mas ser neutro em momentos como este não vale nada; não escolher entre opressores e oprimidos já significa que você tomou um lado.”

Em resposta, o guitarrista rebateu:

“Por favor, não me diga que você me ama. Eu realmente não me importo. Olha só, você recebeu alguns likes. Agora você é o opressor. Viu como isso funciona? Você está me oprimindo agora. Esse jogo é muito divertido.”

Já outra usuária questionou:

“Ok. Você não gosta da extrema direita nem da extrema esquerda. Mas e da direita ou da esquerda (não extremas)? Com o que você se identifica?”

Por sua vez, Daron afirmou que concorda com pensamentos de ambos os lados, ao mesmo tempo em que cultiva as próprias crenças: 

“Há coisas com as quais concordo com a esquerda e outras com a direita. E tenho minhas próprias crenças, que não se alinham nem à esquerda nem à direita. Se alguém politicamente de esquerda fosse baleado na cabeça, eu ainda diria: ‘f#d@-se a violência política’. Em um país livre, todos deveríamos poder nos expressar sem medo. Estamos sendo divididos. Tudo isso é planejado. Estou cansado dessa divisão. Dizer que sou de extremo centro é um ‘vai se f#d*r’ para ambos os extremos e para os poderes que estão dividindo nossa sociedade.”

As opiniões políticas de Daron Malakian

Por mais que as falas tenham surpreendido uma parcela do público, Daron Malakian já havia revelado seus pensamentos políticos. Ainda em 2021, opinou que “armas são ferramentas essenciais para a autodefesa” e, em janeiro de 2023, na seção de comentários de postagem do Instagram, revelou odiar ambos os lados:

“Eu não sou de esquerda ou de direita. Eu não sigo a opinião de um grupo. O System of a Down é uma banda, não um culto. Pense individualmente. F#d@-se a esquerda e a direita.”

Mais recentemente, em entrevista à NME em julho, também colocou a si próprio como centrista. Exemplificando a questão com uma música de sua banda solo Scars on Broadway, o músico argumentou:

Sou centrista. Não faço parte de nenhum time. Acho que os dois lados fazem coisas ridículas. Há coisas com as quais concordo em ambos os lados. A música ‘Your Lives Burn’ é minha forma de comentar sobre como os lados nos dividem e nos mantêm ocupados. Nos EUA, temos pessoas que acreditam no direito às armas e pessoas que não acreditam. Pessoas que acreditam no aborto e pessoas que não acreditam. Pessoas que defendem os direitos trans e pessoas que não defendem. E ambos os lados estão causando esses problemas, colocando-os em nossa sociedade e nos fazendo brigar por eles. E quando digo ‘eles’, me refiro ao governo ou aos que estão no poder, oligarcas, seja lá como você queira chamá-los. A verdade é que todas essas pessoas que estão brigando entre si deveriam se virar e enfrentar o governo, e começar a atacá-los.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

2 COMENTÁRIOS

  1. Muita feia essa caracterização bisonha do Charlie Kirk ser de “extrema-direita”. Um extremista não constrói a carreira fazendo debates e promovendo diálogos com pessoas que pensam diferente. Extremista foi quem o matou.

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