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O inesperado baterista que era idolatrado por John Bonham e Neil Peart

Ambos os saudosos ícones da bateria ficaram inspirados ao assistir aos filmes envolvendo o músico em questão, lançados na década de 1950

Tanto John Bonham quanto Neil Peart tornaram-se lendas da bateria. O primeiro, falecido em 1980, fez história ao lado do Led Zeppelin, enquanto o segundo, que nos deixou em 2020, ganhou destaque com o Rush.

Curiosamente, ambos tinham uma grande referência em comum: Gene Krupa

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Baterista de jazz, maestro e compositor, Krupa é considerado um dos bateristas mais influentes da música popular, sobretudo por causa do solo na gravação de “Sing, Sing, Sing” com Benny Goodman, de 1937 – que colocou a bateria como protagonista. 

Anos antes de morrer em 1973, ganhou uma cinebiografia chamada “O Rei do Ritmo” (1959), e também apareceu tocando bateria em produções como “A Música Irresistível de Benny Goodman” (1956). Foram os filmes em questão que mudaram a vida de ambos os saudosos músicos mencionados. 

No caso, Michael Bonham, irmão mais novo de Bonzo que também já morreu, contou que o músico ficou impressionado ao assistir ao segundo longa-metragem quando mais novo. O site oficial do membro do Zeppelin traz a declaração, que diz: 

“John foi ver o filme [‘A Música Irresistível de Benny Goodman‘] com seu pai e, simplesmente, para o jovem Bonzo, ‘Gene Krupa era Deus’.”

Já Peart mencionou a influência de “O Rei do Ritmo” em artigo escrito em 2003 e compartilhado pela Far Out Magazine. Na sua opinião, a atuação de Sal Mineo como protagonista “fez a ideia de ser baterista parecer empolgante, glamourosa, elegante e perigosa”, o que inspirou o seu “eu” criança:

“A primeira vez que me lembro de sentir vontade de tocar bateria foi quando assisti ao filme ‘O Rei do Ritmo’, por volta dos onze ou doze anos de idade. A dramatização da vida dele e a atuação de Sal Mineo conseguiram fazer a ideia de ser baterista parecer empolgante, glamourosa, elegante e perigosa. Comecei a bater nos móveis e no cercadinho da minha irmãzinha com um par de hashis, e, no meu aniversário de treze anos, meus pais me deram aulas de bateria, um pad de treino e um par de baquetas. Eles disseram que só comprariam uma bateria de verdade se eu mostrasse que levaria aquilo a sério por pelo menos um ano. Então, eu costumava arrumar revistas sobre a cama para formar um kit imaginário de tambores e pratos e batia nelas até arrancar as capas.”

À Modern Drummer em 1986 (via Power Windows – A Tribute To Rush), Peart já havia colocado Krupa entre seus heróis da música:

“Cresci ouvindo jazz de big band, que meu pai adorava, Glenn Miller, Duke Ellington, Count Basie e os grandes bateristas que tocavam com eles. Frank Sinatra e Tony Bennett sempre tiveram músicos incríveis, e bateristas como Gene Krupa e Kenny Clare me influenciaram profundamente, trazendo uma exuberância com disciplina.”

Sobre John Bonham

Nascido em 31 de maio de 1948 em Redditch, Worcestershire, Inglaterra, John Bonham foi um dos bateristas mais influentes e respeitados da história do rock.

Membro icônico do Led Zeppelin, ele desenvolveu um estilo único de tocar bateria, caracterizado por sua força, precisão e criatividade, estabelecendo um padrão para gerações subsequentes de instrumentistas.

Infelizmente, a carreira promissora de Bonham foi tragicamente interrompida em 25 de setembro de 1980, quando foi encontrado morto em sua casa depois de um porre homérico, aos 32 anos, deixando um vazio insubstituível na música.

Sobre Neil Peart

Nascido em Hamilton, Ontario, Canadá, Neil Ellwood Peart se destacou como baterista e principal letrista do Rush a partir de 1975 até o encerramento da banda. Também organizou tributos a Buddy Rich, além de tocar em discos de Jeff Berlin e Vertical Horizons. Ainda gravou vídeos detalhando sua técnica.

Lançou sete livros baseados em suas aventuras pelo mundo e filosofias, além de outros 4 de ficção. Três deles eram baseados na saga do álbum “Clockwork Angels”, último de inéditas do Rush. O músico morreu no dia 7 de janeiro de 2020, em decorrência de um glioblastoma, forma agressiva de câncer no cérebro.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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