Para alguns, a salvação do rock. Para outros, uma cópia barata do Led Zeppelin. As opiniões costumam ser bem opostas em relação ao Greta Van Fleet, mas Tobias Forge não concorda com as críticas à banda dos irmãos Kiszka no que diz respeito a futuro do rock.
O atual Papa V Perpetua do Ghost conversou com o Consequence (via Ultimate Gutar) sobre a famosa frase “o rock está morto”, muito usada por nomes como Gene Simmons (Kiss). Forge discorda do ditado e acredita que ainda é possível fazer sucesso no estilo musical — não apenas com base no exemplo de seu próprio grupo.
O vocalista citou nomes:
“Sleep Token, Måneskin e Greta Van Fleet são todas bandas novas. Acho que eles provam que você com certeza pode ir a algum lugar. Você pode formar uma banda amanhã e, teoricamente, se tornar uma banda grande dentro de alguns anos. Eu acho que você consegue isso tentando e querendo criar algo.”

O próprio Ghost serviu como referência no discurso, apesar de a banda ter lançado seu álbum de estreia há 15 anos. Para o cantor, o segredo está em não querer copiar ninguém.
“Eu vou dizer isso agora meio entre aspas, porque eu entendo que nós somos apenas uma banda que quer ser ‘como Mercyful Fate / Blue Öyster Cult / Alice Cooper‘, mas você precisa fazer algo novo. Não olhe para o seu único ídolo e diga: ‘Eu quero ser como ele. Eu quero ser como ela. Eu quero que minha banda soe exatamente como aquela banda’. Isso muito provavelmente não vai te levar a lugar algum.”
Nesse momento, Forge retornou ao Greta Van Fleet, banda que sempre recebe a mesma crítica – de soar igual ao Led Zeppelin. O líder do Ghost rechaça totalmente a acusação:
“E eu não quero ouvir nada [de crítica] sobre o Greta Van Fleet agora, porque eu acho que as intenções deles são verdadeiras. E apenas aconteceu de eles soarem como outras pessoas, mas não é culpa deles. Então, parem com isso.”

Idade não é nada
O “Papa” ainda criticou o fato de que, para muitas pessoas, a idade de uma banda corresponde à relevância dela. O frontman do Ghost se criou na cena death metal da Suécia, onde segundo ele, a visão é comum. Forge discorda:
“Existe essa ideia em grandes partes da comunidade do metal de que a hierarquia é baseada na idade… eu venho do death metal underground. Era quase uma regra que a banda que existe por mais tempo é a que toca por último – elas são as bandas maiores. E então a banda mais nova abriria, e isso funciona quando você está tocando em um loft em algum lugar e tem 50 pessoas lá.”

Para provar seu ponto, Tobias citou outro nome como exemplo, vítima do mesmo tipo de preconceito: o Avenged Sevenfold. O artista disse:
“Há alguns anos, talvez 10 anos atrás… houve uma grande polêmica sobre o Download Festival… porque o Avenged Sevenfold seria o headliner de um dos dias. ‘Oh cara, eles não são grandes o suficiente. Eles não são velhos o suficiente. Deveria ser essa banda. Deveria ser aquela banda’. Mas o Avenged Sevenfold é uma banda de arena… eles parecem ser headliners.”
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