David Draiman protagonizou uma polêmica no Back to the Beginning, festival idealizado para a despedida do Black Sabbath e de Ozzy Osbourne dos palcos, ocorrido no último sábado (5), no Villa Park, em Birmingham, na Inglaterra. Ao entrar para cantar com um dos supergrupos formados especialmente para a ocasião, o vocalista do Disturbed foi vaiado.
Ao que tudo indica, o motivo para a vaia envolveu os seus posicionamentos políticos. Neto de imigrantes israelenses, o artista é um defensor ferrenho do estado de Israel. No ano passado, chegou a autografar mísseis do exército ao visitar as Forças de Defesa de Israel e costuma comemorar nas redes sociais os ataques contra a Palestina.
Veja vídeos abaixo, bem como a foto dos autógrafos em mísseis.
@amylouise2490 David Draiman gets booed at BttB : #daviddraiman #disturbed #backtothebeginning #bttb #villapark #ozzyosbourne #blacksabbath ♬ original sound – AmyLouise2490
David Draiman se manifesta
Diante da repercussão do caso, o vocalista realizou um pronunciamento no X/Twitter. Numa série de postagens, o integrante do Disturbed reconheceu que houve “algumas vaias” no momento, mas alegou exagero por parte da imprensa e deixou claro que continuará manifestando-se a favor de Israel.
Inicialmente, ele afirmou:
“Como podem ver pela transmissão, eu não fui ‘vaiado para fora do palco’, como muitos na imprensa — e certamente o pessoal do #PalestinaLivre — querem que você acredite. Sim, houve algumas vaias quando entrei, mas eu estava ali para homenagear meus mestres, meus ídolos, o poderoso Black Sabbath, e não deixaria que alguns idiotas antissemitas atrapalhassem isso.”
Em seguida, complementou:
“Tudo se resume a alimentar uma narrativa, gerar manchetes sensacionalistas e incitar o ódio contra judeus. Tem até um vídeo por aí circulando com vaias aumentadas digitalmente, só para jogar mais lenha na fogueira. Patético. A transmissão ao vivo mostra a verdade. As duas músicas foram muito bem recebidas. Mas você não saberia disso pela mídia, que está mais do que disposta a alimentar essa história cheia de mentiras. Ainda volto ao Reino Unido em breve para o que está se desenhando como uma turnê muito bem-sucedida, se isso serve de indicação para alguma coisa. E continuo sendo, com orgulho, um judeu fervorosamente pró-Israel. Sempre defenderei meu povo e não vou me deixar abalar, intimidar ou envergonhar a ponto de parar de colocar a galera pra enlouquecer nos shows.”
O músico também compartilhou um link com um vídeo retirado diretamente da transmissão e escreveu:
“Ouçam vocês mesmos. É realmente patético quando as pessoas espalham mentiras.”
A participação no Back to the Beginning
Acompanhado por Scott Ian (guitarra), Nuno Bettencourt (guitarra), David Ellefson (baixo), Mike Bordin (bateria) e Adam Wakeman (teclados) em um supergrupo formado para a ocasião, Draiman cantou duas músicas: uma releitura de “Sweet Leaf”, faixa do disco “Master of Reality” (1971), do Sabbath, e “Shot in the Dark”, de Ozzy Osbourne, presente no álbum “The Ultimate Sin” (1986).
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