Ao longo das mais de quatro décadas de carreira, o Metallica disponibilizou onze álbuns de estúdio. Para muitos, todos os grandes discos do quarteto saíram antes da década de 1990. Trabalhos como “Ride the Lightning” (1984) e “Master of Puppets” (1986) continuam entre os favoritos de uma grande parcela do público.
Curiosamente, segundo Lars Ulrich, há fãs que, em contrapartida, só gostam dos materiais mais recentes. O assunto surgiu durante entrevista à Variety.
No bate-papo, o baterista disse que já conversou com admiradores que preferiam registros como “Death Magnetic” (2008) e “72 Seasons” (2023) a outros títulos considerados “clássicos”. O músico explicou:
“Eu converso com fãs que dizem: ‘minha música favorita está no 72 Seasons’ ou ‘minha canção preferida é do Death Magnetic’ e você fica esperando alguém dizer que gosta mais de ‘For Whom the Bell Tolls’. Mas eles respondem: ‘Ride the Lightning? O que é isso? Ah, é um dos primeiros discos de vocês? Eu curto mais as coisas novas’. Acho que isso é o mais bonito, especialmente quando você está na estrada há tanto tempo quanto a gente.”
Na verdade, o próprio acredita que os últimos álbuns, de certa forma, são superiores aos antecessores. Conversando com o jornalista Eddie Trunk em 2020, como compartilhado pela Rolling Stone Brasil, o músico revelou que, ao seu ver, a banda tomou decisões mais assertivas em estúdio nos últimos tempos:
“Em muitos discos antigos, nós gravamos, aí fomos ouvir seis meses ou um ano depois e ficamos receosos com a mixagem, com alguma introdução, com alguma parte de guitarra, alguma virada de bateria ou algo assim. Para mim, ‘Death Magnetic’ e ‘Hardwired… to Self-Destruct’ têm maior vida útil em termos de ouvir e questionar as decisões. Ambos ainda estão muito bem na minha ‘lista de críticas’.”
Metallica atualmente
O Metallica anunciou que resolveu estender a turnê “M72” iniciada em abril de 2023 para o ano que vem. Até o momento, só há a confirmação de que o giro voltará para a Europa. Entre maio e julho de 2026, o quarteto excursionará pelo continente, acompanhado do Gojira, Knocked Loose, celebração ao Pantera e Avatar. Países como Grécia, Alemanha, Itália e Suíça estão no itinerário.
Seguindo a proposta original da tour, algumas cidades receberão duas apresentações com setlists completamente diferentes como parte da iniciativa intitulada No Repeat Weekend. Outras, assim como já havia ocorrido em datas da América do Norte neste ano, contarão com apenas uma única performance.
De acordo com comunicado, “a produção terá o mesmo palco montado no centro do estádio, em formato circular, com o Snake Pit no meio, oferecendo uma visão de 360° completa do show”. Como de praxe, parte da renda de cada ingresso vendido será destinada a instituições de caridade locais por meio da fundação do grupo, All Within My Hands.
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