Desde os primeiros anos de sucesso, o comando do Kiss sempre se concentrou em Paul Stanley e Gene Simmons. Apesar de Stanley ter estado envolvido nas decisões, há um arrependimento que se destaca em relação a tudo isso.
Em entrevista ao podcast The Magnificent Others with Billy Corgan, comandado pelo citado líder do Smashing Pumpkins, o vocalista e guitarrista revelou um dos momentos que menos aprecia na chamada “Kisstória”. Trata-se da primeira turnê de despedida, ocorrida entre 2000 e 2001.
À época, o grupo estava reunido com sua formação original, completa por Ace Frehley (guitarra e voz) e Peter Criss (bateria e voz). Paul se arrepende de ter realizado aquela excursão com os dois colegas. Ele relembrou (via American Songwriter):
“Eu ficava pensando: ‘estou infeliz, estou realmente infeliz’. A parte musical era, na melhor das hipóteses, irregular. Algumas noites eram horríveis. Não havia senso de camaradagem ou alegria no que estávamos fazendo.”
O músico notório pelo personagem Starchild disse que a banda só pensava em “sacrificar o cavalo”, já que os shows estavam ruins e a moral, baixa.
“É diferente de quando os críticos apenas querem atacar o que você está fazendo. Naquele momento, eu lia as críticas e dizia: ‘isso está certo e eu estou realmente infeliz’. Isso ia contra tudo em que sempre acreditamos, que a banda é maior do que nós.”
No fim das contas, a despedida serviu apenas para a formação original, que nunca mais se reuniu depois da turnê. Frehley e Criss saíram e o Kiss seguiu em atividade por praticamente duas décadas, com mais dois discos de estúdio e inúmeras excursões pelo mundo. O guitarrista Tommy Thayer e o baterista Eric Singer ocuparam as vagas deixadas pelos músicos originais.
De acordo com Paul, a ideia em 2001 era, mesmo, finalizar o grupo. A ideia de continuar com outros membors veio após um encontro com um fã, que lhe perguntou quando aconteceria uma reunião para celebrar os 35 anos de Kiss.
“Nós só saímos de cena porque decidimos sair. Ninguém queria que saíssemos.”
Kiss e a Farewell Tour
A reunião da formação original em 1996 havia sido um sucesso, mas quando o Kiss começou a trabalhar no que viria a ser o álbum “Psycho Circus” (1998), os problemas da década de 1970 ressurgiram, em especial os vícios de Ace Frehley e Peter Criss. A turnê de divulgação do disco teve complicações, o que levou ao giro de despedida.
Criss deixou a banda pela segunda vez no final de 2000, tendo tocado apenas etapa norte-americana da tour. Para shows no Japão e Austrália, Eric Singer, um dos bateristas da era sem maquiagem, foi chamado de volta, agora para tocar sob o personagem Catman.
Houve ainda um retorno de Peter em 2003 para gravar o ao vivo “Kiss Symphony: Alive IV” (2003) e realizar a World Domination Tour até o fim do ano, quando Singer voltou de forma definitiva.
Frehley foi substituído por Tommy Thayer ainda em 2002, ano em que o Kiss teve apenas poucas aparições em shows fechados e eventos.
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