...

A resposta do Ego Kill Talent às críticas por abrir tantos shows internacionais

Com Emmily Barreto nos vocais, banda já foi atração de abertura do Evanescence em 2023, do Linkin Park no ano passado e, agora, da turnê do System of a Down pela América do Sul

O Ego Kill Talent tem sido alvo de críticas nas redes sociais. O motivo é a frequência com que a banda é escalada para abrir shows de grandes nomes internacionais no Brasil.

Com Emmily Barreto nos vocais, os artistas foram atração de abertura do Evanescence em 2023, do Linkin Park no ano passado e, agora, da toda a turnê sul-americana do System of a Down, marcada entre abril e maio. Em sua formação anterior, com o vocalista Jonathan Dörr, o grupo também esteve à frente de apresentações do Korn, em 2017; Foo Fighters e Queens of the Stone Age, em 2018, além do Metallica, em 2022.

- Advertisement -

Recentemente, o assunto surgiu durante entrevista à Folha de S. Paulo. E, para a baixista Cris Botarelli, está claro que o problema não é diretamente com o EKT. 

Ao seu ver, há uma insatisfação geral pelas dificuldades de bandas menores conseguirem espaço na cena musical. Ela explicou: 

“Para um ‘hate’, nem foi tão pessoal. É uma dor muito mais por uma cena que não tem tanto espaço para se desenvolver como deveria. No Brasil, além do underground, a gente tem os grandes festivais e um mercado médio sustentado pelo Sesc. Tem muitas bandas que crescem em qualidade e experiência e não têm para onde ir.”

Em seguida, o guitarrista, baixista e membro fundador Theo Van der Loo destacou que, diferente do que é propagado na internet, o artista principal opina na escolha da abertura da performance. Dessa forma, não existe “troca de favores”:

“As pessoas precisam entender que quem escolhe a banda de abertura é sempre o artista internacional. Essa coisa de favor é mais difícil do que a galera pensa. Muita gente vê só um pedaço da história. A gente rala há muito tempo.”

Exemplificando: no caso do Foo Fighters, tudo começou por causa de uma movimentação de um fã-clube, que sugeriu o EKT como abertura, como contado pelo ex-integrante e baterista Jean Dolabella. Já com o Metallica, a negociação aconteceu por meio da C3 Presents, empresa responsável pelo Lollapalooza e que agenciava o EKT à época.

John Dolmayan defende o Ego Kill Talent

O Ego Kill Talent abrirá todos os shows do System of a Down pela América do Sul. A banda brasileira passa por Colômbia (Bogotá – 24/04), Chile (Santiago – 30/04) e Argentina (Buenos Aires – 03/05), além de acompanhar o grupo armênio-americano em todos os compromissos nacionais. Eles tocam em Curitiba (06/05) e Rio de Janeiro (08/05), além da capital paulista, onde cumprem duas datas (10 e 11/05) no Allianz Parque antes de uma performance derradeira em Interlagos, junto ainda do AFI.

Divulgada no início de abril, a novidade gerou reclamações. Por meio das redes, fãs lamentaram que o grupo tenha sido escalado novamente para abrir shows de atrações internacionais.

Por outro lado, há um histórico do Ego Kill Talent com o System of a Down. O guitarrista e baixista Theo van der Loo já disse em entrevista ao site IgorMiranda.com.br que tem amizade com o vocalista Serj Tankian e o baterista John Dolmayan — este chegou a gravar em estúdio com o grupo.

Em função disso, Dolmayan se manifestou a respeito das críticas recebidas pelo EKT. Na seção de comentários da postagem em que a produtora 30e anuncia a atração de abertura, ele declarou:

“Para os fãs de música, estou notando alguma negatividade imerecida em direção à banda. Para deixar claro, o Ego Kill Talent está abrindo para o System porque é isso que o System quer. Somos velhos e queridos amigos e gostamos de fazer shows juntos, e gostamos da música! Sei que há muitas bandas excelentes no Brasil e na América do Sul como um todo. Muitas foram apresentadas a nós pelas mesmas pessoas que alguns de vocês estão odiando. Parem com isso, cresçam e mantenham seu ódio sob controle. Estamos planejando grandes coisas no futuro e muitas bandas farão parte disso, mas se você acha que insultar uma banda para promover outra é o caminho a seguir, você é um idiota.”

Houve ainda espaço para tréplica. Quando uma pessoa reclamou “R$ 1 mil reais o ingresso, parceiro. Na moral, a gente vai reclamar sim!”, ele logo disse: “Você quer reembolso?”.

Mais sobre Ego Kill Talent

Atualmente, o Ego Kill Talent conta com Emmily Barreto (Far From Alaska) nos vocais, Theo van der Loo e Niper Boaventura se alternando entre guitarra e baixo, Raphael Miranda na bateria e baixo e Cris Botarelli (também Far From Alaska) no baixo. Em formações iniciais, teve o vocalista Jonathan Dörr / Jonathan Corrêa (Reação em Cadeia) e o baterista Jean Dolabella (ex-Sepultura).

Por transitar em grandes eventos, o Ego Kill Talent acumula alguns feitos curiosos. De acordo com a base de dados Setlist.fm, a banda é a segunda atração que mais se apresentou no Autódromo de Interlagos (quatro vezes, empatado com Vintage Culture e atrás apenas de Alok com seis) e a quarta que mais subiu ao palco do Allianz Parque (seis vezes; empatado com Andrea Bocelli e turnê Amigos e atrás de Paul McCartney, com 16; Chris Holmes, o DJ de McCartney, com nove; e Titãs, com sete).

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioNotíciasA resposta do Ego Kill Talent às críticas por abrir tantos shows...
Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades