Após a saída de Roger Waters em 1985, o Pink Floyd lançou os discos de estúdio “A Momentary Lapse of Reason” (1987), “The Division Bell” (1994), além de “The Endless River” (2014). Dentre as músicas presentes nos álbuns em questão, uma em específico é a melhor na opinião de David Gilmour.
Durante uma sessão de perguntas e respostas com a Billboard em 2006 (via Cosmic Magazine), o guitarrista mencionou “High Hopes” como uma de suas faixas favoritas de toda a carreira, ao lado de “Shine On You Crazy Diamond”, “Wish You Were Here”, “Comfortably Numb”, “The Great Gig in the Sky” e “Echoes”. Ele disse na ocasião:
“‘High Hopes’ do ‘The Division Bell’ é uma das minhas faixas favoritas de todos os tempos do Pink Floyd.”
“High Hopes” foi composta por Gilmour em parceria com sua esposa, Polly Samson. Além de encerrar o “The Division Bell”, tornou-se o segundo e último single promovendo o disco. De sua letra saiu o título do álbum.
Chegou ao 26º lugar na parada britânica e é executada até hoje por seu criador em shows solo. Ainda ganhou versões posteriores de artistas como Nightwish, Caliban, Karelia e Ray Wilson (ex-Genesis), entre outros.
Conversando com uma rádio em 1994, o guitarrista revelou que a composição é inspirada em experiências autobiográficas. Descrevendo o processo de gravação, ele explicou:
“É uma daquelas canções que fluem de maneira rápida e bela, quase que imediatamente. Tive uma pequena ideia no piano e gravei em uma fita cassete. Então, fui para uma casa pequena, em algum lugar, com minha namorada, Polly, para tentar avançar na composição da letra. A partir daí, me aprofundei em toda essa ideia que, acho que no fim das contas, é autobiográfica. É sobre minha vida, minha infância em Cambridge. Criamos a música muito, muito rápido. Escrevemos a maior parte da letra em um dia. Depois, voltei para o estúdio, sem mais ninguém por lá, e assim que cheguei gravei um demo. Fiz tudo sozinho, e praticamente finalizei a música em um dia.”
Pink Floyd e “The Division Bell”
“The Division Bell” foi lançado em 28 de março de 1994. O título é uma referência aos sinos do parlamento do Reino Unido, que são tocados quando é o momento de uma votação. As letras lidam com o conceito da comunicação enquanto mecanismo para resolver diferenças.
Vendeu mais de 7 milhões de cópias em todo o mundo, tendo chegado ao topo de diversas paradas, incluindo Estados Unidos e Inglaterra. No Brasil, ganhou disco de platina.
As esculturas da capa, desenvolvidas pelo artista Storm Thorgerson, estão atualmente na sede do Rock and Roll Hall of Fame, em Cleveland, Estados Unidos.
A turnê foi vista por mais de 5 milhões de espectadores e rendeu o álbum/vídeo “P.U.L.S.E.” (1995), que trouxe a execução de “The Dark Side of the Moon” (1973) na íntegra.
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