Como noticiado, Patti Smith passou mal e desmaiou durante apresentação realizada no Teatro Cultura Artística, em São Paulo, na última quarta-feira (29). Apesar de ter descrito a situação como um “pequeno incidente”, a cantora precisou cancelar o show que aconteceria no mesmo local nesta quinta-feira (30) e deu entrada em um hospital na capital paulista.
Segundo a Folha de S. Paulo, fontes confirmaram que a artista foi atendida no hospital Sírio Libanês, localizado na Bela Vista, região central. Após análise do quadro de enxaqueca e tontura relatado, os médicos afirmaram que Smith estava muito fraca e recomendaram repouso absoluto.
Ela pôde voltar ao hotel onde estava hospedada. Mas, até o momento, não há previsão para que retorne aos Estados Unidos. Durante o próximo mês de julho, ela tem uma turnê pela Europa com sua banda The Quartet.
Além das apresentações realizadas por meio do projeto Correspondences, o esperado era que a cantora fosse à abertura da mostra “A Amazônia”, na Casa Iramaia, neste sábado (1º). A exposição contará com videoinstalações e desenhos da mesma iniciativa, idealizada em parceria com o Soundwalk Collective. Todavia, Smith não deve mais comparecer.
Por meio das redes sociais, antes de suspender o segundo compromisso, a artista chegou a dizer que sentia-se bem. Também apontou que um “relato exagerado está sendo espalhado pela imprensa e pelas redes sociais”. Ela afirmou:
“Tive um pouco de tontura pós-enxaqueca. Tive um pequeno incidente, saí do palco, voltei 10 minutos depois, falei com o público, disse estar bem e cantei para eles ‘Wing’ e ‘Because the Night’.”
O desmaio
Patti Smith desmaiou em pleno show no Teatro Cultura Artística, em São Paulo, na noite de quarta-feira (29). A cantora precisou deixar o palco em uma cadeira de rodas.
De acordo com a Folha de S. Paulo, passaram-se cerca de 30 minutos do espetáculo quando a americana de 78 anos caiu no chão. Ela lia um texto sobre aquecimento global quando sentiu-se mal. Permaneceu ali por alguns minutos — pois pensava-se que aquele momento seria parte de sua interpretação — até que recebeu socorro, sendo retirada do palco.
O retorno, em cadeira de rodas, se deu aproximadamente 10 minutos após sua saída. Patti chorou ao lamentar a situação e dizer que, por estar doente, precisaria cancelar a apresentação. Então, cantou as músicas “Wing” e “Because the Night” como uma despedida antes de sair em definitivo.
Veja vídeo a seguir.
Em comunicado nos Stories do Instagram, os responsáveis pelo Cultura Artística disseram que Patti Smith lidou nos últimos dias com “uma forte enxaqueca”. No palco, “sentiu tonturas”.
Em dezembro de 2023, Smith precisou ser internada em Bolonha, na Itália, onde se apresentaria. O show teve de ser cancelado. A artista sofreu um mal súbito devido a uma mudança brusca na pressão arterial. Outros detalhes não foram compartilhados à época.
Patti Smith no Brasil
As apresentações de Patti Smith no Teatro Cultura Artística, reaberto em São Paulo no último mês de agosto após incêndio ocorrido em 2008, ocorrem junto ao coletivo Soundwalk Collective. Trata-se de uma parceria com o fotógrafo Robert Mapplethorpe. A iniciativa rendeu ainda uma exposição, “A Amazônia”, que pode ser conferida entre os dias 1º e 8 de fevereiro na Casa Iramaia, também em São Paulo. A visitação é gratuita, mas deve ser agendada no site oficial.
É a terceira visita de Patti ao Brasil e a segunda a São Paulo. Antes, veio ao país em 2006, para apresentações no Tim Festival do Rio de Janeiro e Curitiba, e 2019, em compromissos no Popload Festival e no Auditório Simón Boívar do Memorial da América Latina, ambos na capital paulista.
Sobre a artista
Nascida em 30 de dezembro de 1946, Patti Smith se tornou um dos nomes mais influentes do movimento punk de Nova York. Além da música, desenvolveu trabalhos como poetisa, pintora e escritora.
Mostrou-se referencial desde o primeiro álbum, “Horses”, lançado em 1975. O maior hit de sua carreira, porém, veio em 1978 com “Because the Night”, faixa co-escrita com Bruce Springsteen que atingiu o 5º lugar da parada britânica e 13º da americana.
Também há grande reconhecimento no campo literário. Em 2005, ela foi nomeada comandante da Ordem das Artes e Letras (Ordre des Arts et des Lettres, em francês). Cinco anos depois, venceu o National Book Award por sua autobiografia, “Just Kids”.
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