Jim Root cresceu com a influência de bandas lendárias como Metallica, Anthrax e Megadeth. Apesar de também ter dado uma chance para nomes mais novos da indústria, o guitarrista do Slipknot não conseguiu ter o mesmo apreço por enxergar um grande problema no metal moderno.
Ao canal Andertons Music Co, o artista afirmou que a música pesada atual carrega um aspecto um tanto robótico em sua sonoridade devido às tecnologias disponíveis no mercado. Sem citar nenhum exemplo em específico, o músico explicou conforme transcrição da Ultimate Guitar:
“Quando eu ouço alguma música de metal moderno, eu não consigo… é difícil para mim realmente assimilar muito do metal moderno, porque ele é editado de uma forma muito perfeita. E se você gosta de math metal, de prog, provavelmente achará incrível. Mas só consigo pensar que eles estavam no estúdio, alinhando tudo perfeitamente. É ótimo termos ferramentas para poder fazer isso. Para quem gosta desse tipo de coisa, é legal, mas não é muito a minha vibe.”
Por priorizar o máximo de naturalidade, o guitarrista acredita que tais ferramentas contribuem para que as canções soem artificiais:
“Quando começa a soar muito limpo, polido e editado, tende a soar muito antinatural para mim. Manter o máximo de naturalidade possível é algo muito importante para mim.”
Ao site português Blitz em 2019, Jim ressaltou que não era inspirado por nenhuma banda de metal atual. De acordo com o Whiplash, ele disse na ocasião:
“Quando tinha catorze anos, era um garoto rebelde e metaleiro, então ouvia Anthrax, Overkill, Megadeth, Metallica. Gostava de música com ênfase nas guitarras […]. A melodia e o ritmo são muito importantes para mim. Muita gente me pergunta quais são as novas bandas de metal que presto atenção. Posso afirmar que praticamente nenhuma. De vez em quando sou capaz de ouvir Mastodon ou Gojira, ainda ouço Entombed. Mas não quero ser influenciado por eles.”
A opinião de Mikael Åkerfeldt (Opeth)
Quem concorda com Jim Root é Mikael Åkerfeldt. Conversando com o Music Radar, o vocalista e guitarrista do Opeth destacou a importância das falhas humanas na gravação de uma música e criticou o metal moderno justamente pelo excesso de perfeição:
“O que buscamos não é a perfeição. Quando você substitui um instrumento virtual por um instrumento real, você está procurando as falhas, os aspectos humanos […]. Sou um defensor do som humano e é por isso que não sou necessariamente louco por discos de metal moderno, onde tudo é ajustado até o limite, sendo perfeito e computadorizado. Simplesmente não soa bem para mim. As demos que eu faço são desse jeito.”
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