No ano passado, o guitarrista e vocalista Adrian Belew formou um supergrupo chamado Beat. Com foco nos três primeiros álbuns lançados pelo King Crimson na década de 1980, o projeto conta com o baixista Tony Levin, membro da banda homenageada, além do guitarrista Steve Vai e do baterista Danny Carey (Tool).
Para Vai, participar da formação representou a quebra de uma regra pessoal. Isso porque, até então, o guitarrista costumava negar todos os convites que recebia para integrar supergrupos.
Recentemente à Guitar World, o músico abordou o assunto. Primeiro, explicou por que apresentava certa resistência com propostas do tipo:
“Tudo começou há cerca de cinco anos, antes da pandemia, quando Adrian me ligou. Antes disso, muitas vezes me perguntavam se eu queria entrar para um supergrupo e minha resposta padrão era sempre ‘não’. A maioria das pessoas que me abordam para fazer algo assim está procurando reviver os dias de glória do rock dos anos 80.”
Em seguida, o guitarrista elencou os motivos que poderiam fazê-lo repensar a ideia antes de Adrian Belew entrar em contato:
“Amo essa fase, mas provavelmente não consideraria entrar para um supergrupo a menos que envolvesse um grupo de pessoas extremamente talentosas, inovadoras, não tão preocupadas com o potencial comercial disso e dispostas a fazer música muito criativa e acessível, mas não necessariamente com um público em mente”.
Então, Vai revelou que, com isso em mente, recebeu a ligação que mudou tudo:
“Então, de repente, o telefone tocou. Era o Adrian Belew, ele tinha Tony Levin e Danny Carey. Algo ressoou dentro de mim e eu simplesmente aceitei o convite. Porque quando o projeto criativo certo chega até você, há um entusiasmo e uma sensação de que aquilo foi feito para você.”
Steve Vai e Robert Fripp
Aliás, o Beat recebeu a bênção do guitarrista Robert Fripp, que tem mantido contato com Vai e até mesmo o ajudado. Ao podcast Make Weird Music em abril último, também conforme transcrição da Guitar World, Steve relatou:
“O estilo de Robert é tão específico e refinado, não é algo que eu poderia simplesmente tocar. Precisa de um estudo. Ele tem sido extremamente prestativo, temos mantido muito contato. Além disso, esta não é uma banda cover, estamos reinterpretando. Estou tentando o meu melhor para respeitar cada nota que Robert compôs, só que a forma como eu as toco pode ser um pouco diferente. Quero adicionar um pouco do meu estilo também. Robert me disse: ‘quero ver Steve Vai’.”
Por sua vez, em postagem nas redes sociais, Fripp escreveu:
“Steve Vai me perguntou o que eu pensei quando Adrian Belew me disse que ele seria o guitarrista. Minha resposta: Steve Vai é o único guitarrista que poderia tocar minhas partes.”
Curiosamente, Steve e Robert já excursionaram juntos no passado. Em 2004, Fripp se juntou a uma turnê do G3 – que conta com Joe Satriani como mentor e único guitarrista presente em todas as formações. A trinca chegou a passar pelo Brasil à época.
Beat na América do Sul
Após uma longa turnê norte-americana entre os meses de setembro e dezembro, o Beat será levado à América do Sul. Um show na Movistar Arena de Santiago, no Chile, foi confirmado para 6 de maio de 2025.
Diante dessa informação, fãs começaram a pedir nas redes sociais por uma passagem pelo Brasil. Até o momento, não há confirmação, mas o jornalista José Norberto Flesch publicou que o grupo virá ao país também em maio.
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