...

Fundador do Spotify está mais rico do que qualquer músico, segundo revista

Valor da fortuna do empresário sueco tornou-se tema de debate após companhia derrubar site que mostrava a usuários quanto de suas assinaturas ia para os artistas

Daniel Ek, fundador e CEO do Spotify, se tornou infame por declarações sobre sua empresa incapaz de pagar aos músicos uma quantia adequada por streams. Em contraponto, um levantamento recente aponta algo curioso: o executivo tem uma fortuna maior que qualquer músico no planeta.

De acordo com a revista Forbes (via Music Radar), o patrimônio líquido do sueco vale em torno de US$ 7,3 bilhões (cerca de R$ 44 bilhõs na cotação atual). Isso é mais que a fortuna combinada dos três músicos mais ricos do planeta: Jay-Z, Rihanna e Taylor Swift.

- Advertisement -

A empresa tem mais de 625 milhões de usuários, 246 milhões dos quais são assinantes pagantes. Além disso, arrecada-se a partir de anunciantes, cujos produtos e serviços são veiculados para usuários gratuitos.

Ainda segundo a Forbes, Ek possui quase 9% das ações do Spotify, mas tem 37% do controle de votação. Ele fundou o projeto em 2006 com seu parceiro de negócios Martin Lorentzon, lançando em 2008.

Daniel Ek e Spotify Unwrapped

A fortuna pessoal de Daniel se tornou novamente ponto de discussão após sua companhia derrubar o site Spotify Unwrapped. A página permitia que usuários verificassem quanto dinheiro haviam pago para o serviço — e quanto disso era destinado para os artistas. 

O timing dessa ação coincidiu com o Spotify Wrapped, a Retrospectiva Spotify. A já tradicional retrospectiva de fim de ano do serviço revela aos usuários seus artistas e canções mais escutados do ano, e incentiva compartilhamento nas redes sociais. 

Após o Spotify derrubar a página original, o endereço agora redireciona internautas para o Union of Musicians’ Justice at Spotify, uma organização em prol de direitos de artistas. Entre as reivindicações da entidade está uma taxa fixa de um centavo de dólar por stream a ser pago em direitos autorais.

Declarações infames

Em maio último, Daniel Ek foi alvo de críticas por dizer que o “custo para criar conteúdo” é “próximo de zero”. A ideia seria demonstrar que, graças à tecnologia moderna, seria mais fácil e acessível produzir nos dias de hoje do que em qualquer outra época.

Embora haja um raciocínio lógico ao pensarmos no processo sem seus mecanismos, também é sabido que os valores desprendidos também são altos, especialmente em se tratando da profissionalização do método.

Ele disse, conforme registro do NME:

“Hoje, com o custo de criação próximo de zero, as pessoas podem compartilhar uma quantidade incrível de conteúdo. Isso despertou minha curiosidade sobre o conceito de vida útil longa versus vida útil curta. Embora muito do que vemos e ouvimos rapidamente se torne obsoleto, existem ideias intemporais ou mesmo peças musicais que podem permanecer relevantes durante décadas ou mesmo séculos. Por exemplo, estamos testemunhando um ressurgimento do estoicismo, com muitas das ideias de Marco Aurélio ainda ressoando milhares de anos depois.”

Ek também debateu o que está sendo criado agora e que “ainda será valorizado” depois de séculos. Ele afirmou:

“Isso me faz pensar: quais são as ideias menos intuitivas, mas duradouras, que não são discutidas com frequência hoje em dia, mas que podem ter uma vida útil longa? Além disso, o que estamos criando agora que ainda será valorizado e discutido daqui a centenas ou milhares de anos?”

Já em 2020, Ek polemizou ao dizer, ao MusicAlly, que não há evidências de que músicos estejam insatisfeitos com os valores pagos. Ainda declarou que artistas deveriam lançar mais trabalhos para obter melhor remuneração.

“Alguns artistas ganhavam melhor no passado e podem não se sair tão bem agora, onde não dá para gravar música a cada 3 ou 4 anos e achar que isso será o suficiente. Os artistas que estão conseguindo hoje sabem que é preciso criar um engajamento contínuo com os fãs. É sobre lançar um disco, ter uma história a respeito dele e continuar a dialogar com os fãs. Aqueles que não estão indo bem no streaming são, em maioria, pessoas que querem lançar música do jeito que era antes.”

Em média, o Spotify paga entre US$ 0,003 e US$ 0,004 por stream — ou seja, paga-se de US$ 3 mil a US$ 4 mil por 1 milhão de reproduções. O valor é variável conforme uma série de critérios.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioNotíciasFundador do Spotify está mais rico do que qualquer músico, segundo revista
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades