Apesar de ainda fazer parte do Linkin Park, Brad Delson não toca mais ao vivo com a banda. Por motivos que envolvem saúde mental, o guitarrista preferiu continuar trabalhando com os colegas na nova fase apenas em estúdio, sendo substituído por Alex Feder nos palcos.
Assim que a banda anunciou a retomada das atividades em setembro, o músico publicou uma nota a respeito da decisão. À época, afirmou que “prosperava mais” nos bastidores e que, por isso, teria um representante na estrada.
Agora, Brad voltou a explicar por que preferiu ficar afastado dos shows e turnês. Conversando com a Guitar Player, o guitarrista ressaltou novamente que, para ele, é muito mais confortável e prazeroso estar à frente das criações.
“Eu realmente amo estar no estúdio e sinto que é onde me sinto mais energizado, onde realmente prospero e contribuo mais. Para mim, minha preocupação é tomar decisões verdadeiras e claras e querer trazer uma ótima energia para tudo em que estou trabalhando.”
Durante os anos de hiato do LP, o músico e os colegas conseguiram refletir a respeito de suas preferências como artistas. É por isso que, para a nova era, os integrantes priorizaram “o poder de escolha”, o que tornou tudo mais genuíno, como pontuou:
“A banda fez sucesso quando éramos muito jovens e vivemos nessa montanha-russa por 20 anos. No tempo em que estivemos afastados sem lançar coisas novas, acho que todos tiveram o espaço e a perspectiva para pensar sobre o que realmente nos estimula. E acho que, para todos nós, a decisão de fazer o que estamos fazendo vem de um lugar de escolha, em vez de ser algo simplesmente automático. É também por isso que tudo soa tão fresco e inspirado.”
Nota de Brad Delson ao público
Na mencionada nota divulgada depois do retorno oficial, Brad Delson já havia abordado tais questões. Em determinado parágrafo do texto, ele escreveu:
“Sempre me senti profundamente conectado e orgulhoso de nossas apresentações ao vivo. Ao longo dos anos, percebi que prospero mais quando estou trabalhando ativamente com meus companheiros de banda nos bastidores — no estúdio, colaborando em nossa nova música e ajudando a construir nosso show. Estou muito orgulhoso de tudo o que continuamos a criar juntos.
Embora eu não vá me apresentar em turnê neste novo capítulo, estou super animado para apresentar Alex Feder — meu belo representante na estrada. Alex é um músico de classe mundial, um amigo gentil e atencioso, e somos realmente sortudos que ele estará contribuindo com seu talento único para o nosso universo LP.“
A justificativa de Mike Shinoda
Em recente entrevista ao Zach Sang Show (via Blabbermouth), Mike Shinoda comentou o fato de Brad Delson estar envolvido com a banda em estúdio, mas não ao vivo.
O assunto surgiu enquanto Shinoda abordava a entrada do baterista e produtor Colin Brittain, no posto de Rob Bourdon, que preferiu não ter qualquer relação com as atividades atuais. Ele diz:
“Colin Brittain faria parte do processo (do novo álbum do Linkin Park, ‘From Zero’) apenas como compositor e coprodutor. Amo trabalhar com Colin. Eu o conheci em sessões e o trouxe para ajudar. Mas vimos que precisaria de alguém para tocar bateria e, como sabia que era seu instrumento principal, ofereci a ele. Isso o afastaria da carreira de produção.”
Veio, então, o comentário sobre Delson. O vocalista e multi-instrumentista afirma:
“Caso alguém não entenda a dinâmica, Brad é nosso guitarrista — ele está na banda —, mas ele percebeu que em termos de… é meio que uma questão de saúde mental. Ele não gosta de turnês e do estilo de vida de shows ao vivo. Então, ele é nosso guitarrista, mas ele não está tocando ao vivo.”
A escolha de Alex Feder
A chegada de Alex Feder, inclusive, foi uma escolha de Brad. Todavia, por um momento, ofereceu-se a possibilidade de Brittain se tornar o guitarrista em turnês e não o baterista efetivo. Mike declara:
“Brad escolheu Alex para tocar suas partes ao vivo e eles se dão muito bem. Mas na época, não conhecíamos Alex, então perguntamos a Colin: ‘Brad precisa de alguém para tocar guitarra e nós precisamos de um baterista. Você faz os dois igualmente bem. O que você gostaria de fazer?’. Era como uma criança em uma loja de doces. Acho que ele disse: ‘Não acredito no que você está me perguntando agora’. Ele estava tão animado.”
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