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Os álbuns do Black Sabbath que Tony Iommi considera subestimados

Guitarrista escolheu três discos dos anos 1980, registrados com três vocalistas diferentes

Toda banda clássica com uma discografia grande possui alguns álbuns que passaram longe do radar do público. Porém, o envolvimento dos músicos é sempre com a mesma intensidade. Sendo assim, nada mais comum que os próprios sintam que suas obras tenham sido injustiçadas.

Tony Iommi reconhece que alguns discos do Black Sabbath foram subestimados. Em entrevista de 2005 à revista Mojo, o único presente em todas as formações da banda citou três trabalhos dos anos 1980. Curiosamente, cada um contou um vocalista diferente nas gravações.

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Disse o guitarrista, conforme resgate do Far Out Magazine:

‘Mob Rules’ foi subestimado. ‘Born Again’ foi ignorado e eu achei isso frustrante. Considero-o brilhante. Dos álbuns posteriores eu realmente gosto de ‘Headless Cross’.”

“Mob Rules”, o segundo álbum com Ronnie James Dio

Lançado em 4 de novembro de 1981, “Mob Rules” é o décimo trabalho de estúdio do Black Sabbath. Foi o primeiro a contar com o baterista Vinny Appice. Após ter se afastado temporariamente durante as sessões de “Heaven And Hell” (1980), Geezer Butler participou ativamente do processo de composição. Apesar de não ter alterado dramaticamente a fórmula usada no anterior, a presença do baixista resgatou algumas características do passado.

Inicialmente, a ideia era gravar tudo em um estúdio construído pela própria banda, para economizar custos. Porém, após não encontrarem o som desejado, partiram para Los Angeles com o produtor Martin Birch.

Ganhou discos de ouro nos Estados Unidos e Canadá, além da premiação de prata no Reino Unido. A faixa-título entrou na trilha da animação “Heavy Metal”, com uma versão ligeiramente modificada.

“Born Again”, o Black Sabbath com Ian Gillan

Lançado em 7 de agosto de 1983, “Born Again” foi o único fruto da colaboração entre os músicos da formação original e o vocalista Ian Gillan (Deep Purple). Também é o último de inéditas a contar com o baterista Bill Ward em todas as faixas.

A sonoridade áspera gerou críticas, incluindo entre os próprios músicos, que declaram abertamente o descontentamento com a produção. chegou ao quarto lugar na parada inglesa. Após a turnê – que contou com Bev Bevan (ELO) nas baquetas – o lineup se desfez.

A arte da capa já havia sido usada pelo Depeche Mode no single “New Life”, de 1981. Sobre a versão demonizada, o empresário Don Arden declarou à época que lembrava seus netos – filhos de Ozzy e Sharon Osbourne.

“Headless Cross” e o supergrupo de Tony Iommi

Disponibilizado em 24 de abril de 1989, “Headless Cross” é o décimo-quarto trabalho de estúdio do Black Sabbath. Foi o primeiro após o fim do contrato com a Warner Bros Records. A I.R.S. foi a nova casa, mas por ser uma gravadora com atuação restrita à Europa, o disco acabou não obtendo grande divulgação em outros mercados.

Marcou a estreia do baterista Cozy Powell, além de ter sido o primeiro em que o vocalista Tony Martin participou do processo de composição. Em “The Eternal Idol” (1987), ele apenas sobrepôs o que já havia sido gravado por Ray Gillen.

O baixo foi gravado por Laurence Cottle, músico de estúdio que chegou a participar do videoclipe para a faixa-título. Para a turnê, Neil Murray (ex-Whitesnake) foi contratado. Brian May, guitarrista do Queen, gravou um solo na música “When Death Calls”.

Como curiosidade, a faixa “Call Of The Wild” se chamaria “Hero”. O nome foi mudado após Ozzy Osbourne colocar uma música com o mesmo nome no álbum “No Rest For The Wicked”, lançado no ano anterior.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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